Crescimento industrial chinês desacelera, mas não desanima mercado
Dado de janeiro foi o menor em cinco meses, mas o setor continua em expansão; dado é positivo para o Brasil, que tem a China como maior parceiro comercial
Apesar de ser a única grande economia a apresentar crescimento do PIB em 2020, a China não está imune aos efeitos das novas ondas de infecção pelo novo coronavírus. Em meio aos preparativos para a comemoração do “Ano Novo Chinês”, no dia 12 de fevereiro, evento que causa o maior deslocamento de pessoas do planeta, o número de pessoas que contraíram a Covid-19 na China sobe. Esta alta impactou no crescimento econômico do país. Segundo dados divulgados no domingo, 31, pela consultoria IHS Markit. Em janeiro de 2021 a expansão da indústria chinesa foi de 51,3 pontos, o menor em cinco meses. Em dezembro, o índice foi de 51,9.
Os economistas esperavam um índice industrial de 51,6 em janeiro, mas ainda que o número tenha vindo 0,3 ponto abaixo da expectativa, a reação dos mercados chineses foi positiva neste início de fevereiro. O índice CSI 300, das maiores empresas de Xangai e Shenzhen, fechou em alta de 1,23% nesta segunda-feira, 1º. Isso ocorre porque, apesar de o desempenho ter sido abaixo do esperado, o fato de o índice PMI estar acima de 50 significa que o setor está em expansão.
Para o Brasil, esta também é uma boa notícia uma vez que a China é o seu principal parceiro comercial, à frente dos Estados Unidos. Maior comprador de commodities do país, a rápida recuperação industrial da China impactou diretamente no crescimento do PIB brasileiro em 2020. No ano passado, as exportações do agronegócio, principalmente da soja, foram fundamentais para o desenvolvimento brasileiro. E mesmo que a China tenha desacelerado um pouco neste início de 2021, o seu contínuo crescimento indica que a troca comercial entre os dois países continuará promissora em 2021.