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Decisão do Fed: o que os indicadores de maio mostram sobre os juros

Às vésperas da "super quarta", dados sobre varejo, manufatura e preços ao produtor reafirmam que a economia americana ainda levará tempo para se normalizar

Por Luisa Purchio Atualizado em 15 jun 2021, 18h45 - Publicado em 15 jun 2021, 13h11
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    Compras em Miami (Bia Parreiras/VEJA)

    A “super quarta”, quando o Federal Reserve Bank divulga a decisão sobre os juros nos Estados Unidos, é um evento esperadíssimo pelo mercado financeiro em todo o mundo, afinal, indica a direção do dólar, a principal moeda global. E, nesta terça-feira, 15, os olhares continuam atentos para as evidências que sinalizem os rumos do comunicado que será dado amanhã por Jerome Powell, o presidente do Fed.

    Nesta manhã, foram muitos os dados divulgados sobre a temperatura da recuperação da economia americana: vendas de varejo, produção manufatureira no estado de NY e índice de preço ao produtor industrial em maio. Os indicadores reforçaram a expectativa do mercado financeiro sobre a direção da política monetária americana, de que ela continuará estimulativa uma vez que a economia está em ampla recuperação, mas ainda levará tempo para chegar a uma estabilização e aos níveis pré-pandemia.

    Em maio, as vendas de varejo caíram 1,3% em relação a abril. Apesar de representar uma queda, porém, vale observar que elas vinham em ritmo de alta nos meses anteriores e em março haviam subido mais de 10%. Ou seja, as vendas em dólar estão muito acima do patamar pré-pandemia, e este recuo pontual reflete uma leve acomodação que não reverte o forte ritmo de expansão do consumo das famílias.

    Já o NY Empire State Manufacturing Index, divulgado pelo Fed de Nova York e que mede o nível relativo das condições de negócios no estado a partir da manufatura, veio em 17,40 em maio em relação, abaixo dos 23 do mês anterior e dos 17,40 esperados pelos economistas da Bloomberg. Ainda assim, este índice aponta aceleração quando está acima de zero, o que significa que, mesmo em ritmo menor, a indústria continua se expandindo no estado.

    O Core PPI, por sua vez, o Índice de Preços ao Produtor que exclui alimentos e energia, cresceu 0,7%, em linha com a expectativa dos economistas da Bloomberg. Já o PPI que inclui estes dois itens veio em alta de 0,8%, ante a projeção de 0,6%. No acumulado do ano, o Core PPI de maio teve alta de 4,8%, enquanto o índice mais amplo cresceu 6,6%.

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    Esta alta de preços reflete a pressão que a indústria sofre enquanto não consegue normalizar o ritmo de produção ao ritmo da demanda após um ano de baixas encomendas. Além de falta de peças, as empresas sofrem com falta de mão de obra e repassam estes custos para os consumidores. Ainda assim, vale lembrar que esta inflação é considerada transitória, esperada e ainda está abaixo da meta do Fed.

    Juntos, estes três indicadores mostram que a economia americana está aquecida, mas ainda em ritmo inferior ao esperada pelo Fed. “A meta de uma inflação média em 2% por um período prolongado e, principalmente, o pleno emprego, ainda estão distantes de acontecer. Os preços estão bastante acima de 2%, mas não em ritmo suficiente para compensar todos os anos anteriores em que ficaram abaixo deste patamar. Além disso, a ocupação ainda está 8 milhões abaixo e o desemprego quase 100% acima do nível pré-Covid”, diz Alejandro Ortiz, economista da Guide Investimentos.

    Isso significa que as expectativas sobre o comunicado do banco central americano para a “super-quarta” permanecem as mesmas: Jerome Powell deve anunciar manutenção dos juros e do programa de compra de 120 bilhões de dólares mensais em títulos públicos nos patamares atuais, sinalizando apenas que este pode ser o momento de se começar a discutir um ajuste do valor mensal deste programa de compras.

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