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Produção industrial recua em março e fecha trimestre com queda de 2,2%

Segundo IBGE, setor tinha antecipado a produção e precisou fazer ajustes. Maiores quedas foram em veículos e alimentos

Por Da redação
Atualizado em 3 Maio 2019, 11h35 - Publicado em 3 Maio 2019, 09h26
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  • Com o recuo de 1,3% em março, a produção industrial brasileira acumulou queda de 2,2% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período anterior, apontou a Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta sexta-feira, 3, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    A queda no indicador industrial de março é a maior em seis meses. Em setembro, a produção havia caído 2,1% em comparação com agosto.

    O resultado de março, na comparação com fevereiro, eliminou o aumento de 0,6% no mês anterior, com grande disseminação e intensidade nos recuos. A produção automobilística, por exemplo, que havia crescido 6,4% em fevereiro, registrou -3,2% em março. Também a indústria de alimentos, com -4,9%, eliminou parte do crescimento de 13,8% no mês anterior.

    “Havíamos registrado uma antecipação da produção em diferentes setores da indústria, se preparando para a chegada do Carnaval”, explica o gerente da pesquisa, André Macedo: “esses mesmos setores apresentaram recuo em março, por causa do efeito calendário, com menos dois dias úteis em comparação a março de 2018”.

    Entre as grandes categorias econômicas, os bens intermediários (-1,5%) entraram no terceiro mês seguido de queda. Já os bens duráveis (-1,3%) e os semi e não duráveis (-1,1%) interromperam dois meses de crescimento. Apenas os bens de capital tiveram variação positiva de fevereiro para março (0,4%), entrando no segundo mês seguido de taxas positivas.

    Desempenho despenca em um ano

    Já na comparação com março de 2018, a queda do índice total da indústria foi de 6,1%. Segundo o IBGE, o resultado ainda reflete efeito negativo na ruptura da barragem em Brumadinho (MG). As indústrias indústrias extrativas (-14%) e automotivas (-13,3%), que exerceram as maiores influências negativas para a queda.

    “Os efeitos de longo prazo da tragédia de Brumadinho ainda se fazem sentir, com reflexos nas demais unidades extrativas do país”, conclui André Macedo. A ruptura da barragem da Vale, em janeiro deste ano, deixou 232 mortos, de acordo com a Defesa Civil de Minas Gerais. Até o último dia 23, 40 pessoas ainda estavam desaparecidas.

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