Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Desemprego recua para 12,6% no 3º trimestre; renda do trabalhador cai

Taxa de ocupação subiu, porém a retomada acontece com postos de trabalho informais; renda da população recuou 4% no trimestre e 11% no ano

Por Larissa Quintino Atualizado em 30 nov 2021, 13h05 - Publicado em 30 nov 2021, 09h36

O mercado de trabalho é um dos indicadores mais importantes da economia. No Brasil, pela complexidade das relações trabalhistas, esses dados são um dos últimos a registrar um movimento. Com o avanço da vacinação e o aumento da circulação de pessoas, a taxa de desemprego do país recuou, e há mais pessoas trabalhando.

Segundo dados divulgados nesta terça-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação recuou 1,6 ponto percentual em relação ao segundo trimestre, ficando em 12,6% nos meses de julho, agosto e setembro. De acordo com o instituto, o número de pessoas em busca de emprego é de 13,5 milhões. Já os ocupados chegaram a 93 milhões, com crescimento de 4%. “No terceiro trimestre, houve um processo significativo de crescimento da ocupação, permitindo, inclusive, a redução da população desocupada, que busca trabalho, como também da própria população que estava fora da força de trabalho”, diz a coordenadora de trabalho e rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

Porém, assim como registrado nos trimestres anteriores, a renda da população continua caindo, efeito da deterioração econômica e da alta da inflação. O rendimento real habitual foi de 2.459 reais, queda de 4% frente ao último trimestre e de 11,1% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Já a massa de rendimento (223,5 bilhões de reais), recuou 0,1% em relação ao trimestre anterior e 0,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo Beringuy, esses números indicam que o aumento da ocupação foi puxado por postos de trabalho com salários menores. “Há um crescimento em ocupações com menores rendimentos e também há perda do poder de compra devido ao avanço da inflação”, diz.

Com a retomada se dando por postos menos qualificados, há um impacto direto na informalidade. De acordo com a Pnad, a informalidade responde por 54% do crescimento da ocupação. Entre as categorias de emprego que mais cresceram frente ao trimestre anterior estão os empregados do setor privado sem carteira assinada (10,2%), que somaram 11,7 milhões de pessoas. No mesmo período, o número de trabalhadores domésticos chegou a 5,4 milhões, aumento de 9,2%, o maior desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012. Se considerados apenas os trabalhadores sem carteira, houve aumento de 10,8%, o que representa 396 mil pessoas a mais.

Também houve crescimento no contingente de trabalhadores por conta própria (3,3%). São 25,5 milhões de pessoas nessa categoria, o maior número desde o início da série histórica da pesquisa. Esse contingente inclui os trabalhadores que não têm CNPJ, que cresceram 1,9% frente ao último trimestre. Com isso, a taxa de informalidade chegou a 40,6% da população. São 38 milhões de trabalhadores nessa situação. O aumento na ocupação também está relacionado principalmente às atividades de comércio (7,5%), com 1,2 milhão de trabalhadores a mais, indústria (6,3%, ou 721 mil pessoas), construção (7,3%, ou 486 mil pessoas) e serviços domésticos (8,9%, com adição de 444 mil pessoas).

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.