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Dólar cai para R$ 3,99, menor cotação desde agosto; Ibovespa bate recorde

Pela primeira vez em mais de dois meses, moeda é negociada abaixo de R$ 4; bolsa sobe 0,8% e fecha acima dos 108 mil pontos

Por Lucas Cunha Atualizado em 28 out 2019, 20h09 - Publicado em 28 out 2019, 18h01

O dólar comercial caiu 0,44% nesta segunda-feira, 28, reflexo da animação dos investidores com a aprovação da reforma da Previd��ncia e o megaleilão do pré-sal que ocorrerá em novembro. A moeda fechou o dia vendida a 3,9919 reais, na menor cotação desde o dia 15 de agosto, quando foi comercializada a 3,9903 reais. “Existe muita expectativa com a entrada de dólares no mercado brasileiro, por causa da cessão onerosa, fator que acaba fortalecendo o real”, afirma André Perfeito, economista-chefe da Necton.

Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, teve alta de 0,77%, aos 108.187 pontos, renovando, mais uma vez, a pontuação máxima da história. A alta da bolsa se deve, principalmente, ao movimento de queda de juros, que alterna o fluxo de investimentos para a renda variável. O Banco Central vai se reunir nesta quarta-feira, 30, para definir os planos de política monetária do país. O mercado aguarda que a estratégia permaneça a mesma, com novo corte na Selic, a taxa básica de juros da economia – caindo dos atuais 5,5% ao ano para 5%. 

No cenário externo, investidores ficaram mais otimistas com um desfecho positivo na guerra comercial entre China e Estados Unidos. O presidente americano Donald Trump declarou nesta segunda-feira que planeja assinar uma parcela significativa do acordo comercial com os chineses, sem dar maiores informações sobre o cronograma a ser seguido. A intenção foi suficiente para animar os investidores.

Entrada de recursos com o leilão do pré-sal

O governo federal realizará dois leilões de petróleo do pré-sal em novembro, incluindo a Rodada de Licitações do Excedente da cessão onerosa, agendada para o dia 6. Também chamada de megaleilão do pré-sal, a rodada pode arrecadar mais de 106 bilhões de reais em bônus de assinatura e vai oferecer áreas sem risco exploratório, isto é, locais onde a presença de petróleo e gás é garantida. Segundo acordo firmado em 2010, a Petrobras tem direito de extrair até 5 bilhões de barris de petróleo equivalente dessas áreas, que fazem parte do Polígono do Pré-Sal. Como foram descobertos volumes superiores a esse limite, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorizou a ANP a licitar esse excedente em regime de partilha, que funciona de forma diferente que o de concessão. No regime de partilha, que vigora em áreas do pré-sal, o consórcio que explora a área divide com a União o excedente em óleo que sobra após serem descontados os custos de operação. Já no dia 7 de novembro, será realizada a 6ª Rodada de Licitações de Partilha da Produção, com blocos nas bacias de Campos e Santos. Nesse leilão, o bônus de assinatura pode superar 7 bilhões de reais.

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