O dólar fechou a segunda-feira cotado a mais de 3,95 reais, o maior valor em dois anos e meio. O resultado reflete a cautela dos investidores depois da divulgação da pesquisa eleitoral CNT/MDA, que mostrou que o candidato que mais agrada ao mercado, Geraldo Alckmin (PSDB), segue com dificuldade para decolar.
Havia ainda expectativa pelos números que seriam anunciados pelo Ibope. A pesquisa, divulgada após o fechamento do mercado, corroborou o resultado da CNT/MDA.
O dólar avançou 1,1%, a 3,9577 reais na venda, maior nível desde os 4,0035 reais de 29 de fevereiro de 2016. Na máxima da sessão, a moeda foi a 3,9724 reais. O dólar futuro tinha avanço de cerca de 1,15%.
“Qualquer candidato que mostre crescimento melhor que Alckmin vai fazer preço”, afirmou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.
No exterior, o dólar subia ante a maioria das divisas de países emergentes, como contra os pesos mexicano e chileno.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 3,36 bilhões de dólares do total de 5,255 bilhões de dólares que vencem em setembro.
Bolsa
O Ibovespa fechou em alta nesta segunda, com as ações de mineração e siderurgia em destaque, em sessão marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre ações e com agentes financeiros especulando sobre a corrida presidencial no país.
Segundo dados preliminares, o principal índice de ações da B3 avançou 0,58%, a 76.472 pontos, após oscilar da mínima de 75.607,85 pontos à máxima de 76.497,03 pontos.
O giro financeiro alcançava 16,38 bilhões de reais, ampliado pelo exercício de opções, que somou quase 8 bilhões de reais.