O dólar fechou nesta terça-feira, 23, em alta de 0,9%, cotado aos 3,77 reais na venda, com influência do cenário externo e expectativas por decisões sobre taxas de juros na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil. Já o Ibovespa ficou estável, com leve queda de 0,24%, aos 103.704 pontos.
Para Thiago Salomão, da corretora Rico Investimentos, a alta do dólar nesta terça é uma mistura de diversos fatores. “É principalmente uma expectativa com as decisões de taxas de juros. Mas também existe um ajuste técnico de mercado e uma valorização global da moeda”, afirma ele.
Na quinta-feira, 25, o Banco Central Europeu (BCE), inicia o calendário global de reuniões para definição de taxa de juros Segundo analistas de mercado, a tendência é de queda leve no bloco europeu, como esperado pelos investidores.
Pouco mais de uma semana depois, no dia 31 de julho é a vez do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) e, no Brasil, do Comitê de Política Monetária do BC (Copom) decidirem se mantém ou não os juros em seus respectivos países. A expectativa para ambos também é de queda.
Além disso, segundo o analista, também existe uma valorização global da moeda americana frente ao resto do mundo, consequência do acordo firmado na segunda-feira entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e líderes do Congresso do país sobre uma extensão de dois anos ao limite da dívida, amenizando preocupações sobre um possível déficit do governo. Investidores temiam por um novo shutdown. Em janeiro, disputas entre parlamentares e o presidente por conta do Orçamento, fez com que Trump fechasse o Congresso americano por 35 dias, um recorde na história do país.
No cenário interno, sem calendário da reforma da Previdência, o mercado aguarda pela divulgação das regras para liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que deve ocorrer na quarta-feira, 24.
(Com Reuters)