Dólar volta a subir para R$ 4,50 e bolsa tem queda de 2%
Dúvidas sobre as possíveis consequências do avanço do coronavírus na economia global levam nervosismo aos mercados financeiros
O mercado financeiro continua temeroso em relação ao avanço do coronavírus no mundo e suas possíveis consequências na economia global. O dólar voltou a subir nesta sexta-feira, 28, para 4,50 reais, após ter fechado a 4,4751 reais no dia anterior – nova máxima histórica. É a oitava sessão consecutiva de valorização da moeda.
O Banco Central voltou a atuar ofertando moeda no mercado, mas, por enquanto, a medida não surtiu efeito. A autoridade monetária ofertou até 3 bilhões de dólares em linhas com compromisso de recompra para rolagem do vencimento de 3 de março de 2020 e até 13 mil contratos de swap cambial tradicional para rolagem do vencimento de 1º de abril de 2020.
A bolsa de valores brasileira também mostrou fraqueza nos primeiros negócios desta sexta-feira. Às 11h50, o Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, caía 2,2%, aos 100,7 mil pontos. Nesse cenário, o índice caminha para uma perda semanal de mais de 9%, que pode ser a maior desde pelo menos agosto de 2011, mesmo com a semana encurtada pelo Carnaval. No mês, a queda também supera 9%.
As bolsas americanas também operam em forte queda. Dow Jones tem baixa de 2,1%, enquanto a Nasdaq opera com queda de 1,7%. Já o índice S&P 500 tem baixa de 4,42%. Na Ásia, os índices acionários encerraram a sexta-feira com o pior mês desde maio do ano passado. Em Tóquio, o Nikkei recuou 3,7%, enquanto Hong Kong fechou o dia em queda de 2,4%. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, teve desvalorização de 3,6%.