Dona da Claro recebe aval do Cade para comprar Nextel Brasil
Aquisição colocará sob o mesmo guarda-chuva duas das cinco empresas que mais operam linhas móveis ativas no país; Anatel ainda precisa aprovar o negócio
A América Móvil, do empresário mexicano Carlos Slim e dona da Claro, recebeu nesta segunda-feira, 9, o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a aquisição da Nextel Brasil por 3,47 bilhões de reais.
No negócio, já divulgado anteriormente, a América Móvil comprará a fatia de 70% da Nextel pertencente a NII International Holdings e os 30% da AI Brazil Holdings, passando controlar integralmente o capital social da Nextel Brasil.
A aquisição está alinhada com a estratégia da Claro de ampliar a capacidade para o atendimento da demanda pelo consumo de dados móveis, segundo parecer do Cade. A operação ainda está sujeita à aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Segundo dados de julho da Anatel, a Nextel tem 3,5 milhões de linhas móveis em operação no país, ocupando a quinta colocação do setor. A Claro, com 56,5 milhões de linhas está em segundo lugar, atrás apenas da Vivo que tem 73,9 milhões de linhas.
O ano está sendo movimentado para a operação da América Móvil no Brasil, Além da aquisição da Nextel, a companhia começou a junção de duas das suas principais marcas. A Net, que virou sinônimo do serviço de TV por assinatura no país, vai se incorporar a Claro.
Segundo a Claro, os serviços vão continuar os mesmos. Planos e canais de atendimento permanecem sem alterações nos modelos e nos preços. As principais mudanças são visuais. Além da conta no fim do mês, que passará a vir com o símbolo da Claro em vez da Net, as lojas, os sites e os aplicativos serão atualizados.
Os aparelhos e os controles remotos serão substituídos de forma gradual. Os novos clientes devem receber esses materiais com a substituição da marca, mas, para os atuais, nada muda. A Claro, no entanto, não soube informar quando esse processo de transição será finalizado. Quem tem processos contra a Net também não precisa se preocupar. De acordo com a Fundação Procon, a razão social – nome jurídico do fornecedor de serviço – continua a mesma.
(Com Reuters)