O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira disse nesta sexta-feira que o placar da votação esta semana da denúncia contra o presidente da República, Michel Temer, na Câmara mostra uma “força muito grande” do governo na casa e dá à equipe econômica mais segurança para avançar com a agenda de reformas.
Temer teve 263 votos para barrar a denúncia, mas para aprovar a reforma da Previdência ele precisa de 308 votos favoráveis.
Ele afirmou que a reforma da Previdência é a principal agenda da equipe econômica e o ideal é que as medidas sejam votadas pelos parlamentares o mais rápido possível. “O governo está colocando essa reforma como prioridade da agenda do Congresso também. Vamos tratar a questão dos tempos, dos momentos, nas próximas semanas com as lideranças da Câmara.”
Segundo Dyogo, a reforma da Previdência é a medida mais importante para a melhora da situação fiscal do Brasil. “Sem estabilização fiscal, corremos sérios riscos na área econômica e de desenvolvimento ao longo do futuro do País”, disse ele, ressaltando que as mudanças na aposentadorias são fundamentais para a continuidade do crescimento econômico. “Há consciência disso no governo, nas lideranças políticas.”
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse ontem que a expectativa é que a reforma da Previdência seja aprovada até outubro. Hoje, Meirelles usou o Twitter para afirmar que o governo continuará a agenda de reformas na economia. “Vamos seguir com a trajetória de reformas que irão garantir crescimento forte e sustentável do Brasil. Estamos concluindo medidas voltadas para a melhoria da competitividade da economia brasileira”, disse.
O ministro repetiu que a equipe econômica tem uma agenda de medidas com o objetivo de reduzir a burocracia e melhorar as condições da produção. Ele voltou a citar, entre elas, a nova lei de recuperação judicial e o cadastro positivo, que, segundo ele, irão baratear o custo dos empréstimos.
“Tudo isso será feito para garantir crescimento de longo prazo, geração de emprego e melhoria de renda para os brasileiros”, completou Meirelles.
(Com Estadão Conteúdo)