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Economia encolhe 7,2% em dois anos e volta ao patamar de 2010

O PIB encerrou 2016 no mesmo nível do terceiro trimestre de 2010

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h08 - Publicado em 7 mar 2017, 13h04
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  • Economia - Consumo - Inflação - produtos
    Economia - Consumo - Inflação - produtos - Pib (Ricardo Matsukawa/VEJA.com)

    O Produto Interno Bruto (PIB) acumulou queda de 7,2% no biênio 2015-2016, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)  nesta terça-feira. Só no ano de 2016 a retração foi de 3,6%. Na série de crescimento econômico do IBGE, iniciada em 1948, foi a primeira vez que houve dois anos seguidos com queda anual do PIB.

    Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, relutou em afirmar que se trata da pior recessão da história por falta de dados anteriores a 1948, mas disse que isso era possível.

    Já o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, foi mais incisivo. “Não há dúvida que é a maior crise desde que o PIB começou a ser medido. Isso não foi construído em pouco tempo. Aconteceu em anos, quando a economia foi perdendo grau de confiança”, disse.

    Conforme os cálculos do IBGE, o PIB encerrou 2016 no mesmo nível do terceiro trimestre de 2010. “É meio como se estivesse anulando 2011, 2012, 2013, 2014, que tinham sido positivos”, afirmou Palis.

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    Henrique Meirelles afirmou que a queda do PIB de 2016 é “um espelho retrovisor”. “O PIB que foi divulgado hoje se refere ao ano passado. É o espelho retrovisor”, afirmou o ministro.

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    Em entrevista após reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social, o Conselhão, o ministro classificou como “queda enorme” a retração vista nos investimentos.

    Meirelles explicou que a retração é resultado da queda da confiança e do aumento da presença do Estado na economia brasileira e que, atualmente, esse processo está sendo revertido.

    Queda mais branda no último trimestre

    A queda de 2,5% no PIB brasileiro no quarto trimestre de 2016 ante o mesmo período do ano anterior foi o 11º trimestre consecutivo de recuo. Apesar da manutenção dos resultados negativos, a perda foi a menos intensa desde o primeiro trimestre de 2015, quando o PIB caiu 1,8%. “A gente continua com taxas negativas, mas taxas menores. A queda veio desacelerando”, definiu Rebeca Palis.

    O mesmo movimento foi percebido na indústria. A queda de 2,4% no PIB industrial do quarto trimestre de 2016 ante o mesmo trimestre do ano anterior foi a mais branda em 11 trimestres consecutivos de perdas.

    No PIB da agropecuária, o recuo de 5,0% foi o quarto consecutivo, mas o menos intenso do período. Já o consumo do governo teve ligeira redução de 0,1%, menor recuo em sete trimestres seguidos de perdas.

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    A retração de 2,9% no consumo das famílias no quarto trimestre de 2016 ante o mesmo trimestre de 2015 completou oito trimestres consecutivos de quedas, mas foi o menos intenso desde o segundo trimestre de 2015.

    A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que indica o cenário de investimentos, despencou 5,4%, mas teve o recuo menos intenso em 11 trimestres seguidos de perdas. Com a queda de 2,4%, o PIB de Serviços recuou por oito trimestres consecutivos.

    Já as exportações brasileiras tiveram recuo de 7,6% no quarto trimestre de 2016 ante o mesmo trimestre do ano anterior, a primeira queda após sete trimestres seguidos de altas. A redução de 1,1% nas importações foi o menor recuo em nove trimestres seguidos de perdas.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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