A Embraer informou na quarta-feira, 19, que a holandesa KLM assinou uma carta de intenção para comprar 15 jatos E-195 E2 da fabricante de aviões, com opção para adquirir outras 20 aeronaves do tipo. A reformulação do mercado de aviação regional disputava atenções na 53ª edição do Paris Air Show International, conforme a Embraer se posiciona para competir contra o jato canadense A220, recentemente adquirido pela Airbus, e o japonês Spacejet, da Mitsubishi.
A Embraer, cuja divisão de aviação comercial está sendo comprada pela Boeing, afirmou que as primeiras entregas do E195-E2 para a KLM devem ocorrer em 2021. A KLM planeja usar os aviões da Embraer em sua unidade Cityhopper. O valor do negócio é estimado em 2,5 bilhões de dólares (9,7 bilhões de reais), a preços de tabela dos aviões. O avião de entre 120 e 146 lugares da Embraer tem mais espaço e novos motores que o modelo anterior, mas as vendas têm sido superadas pelo A220-300, que recebeu mais encomendas na Paris Airshow.
Boeing e Embraer ainda não podem operar em conjunto em aviação comercial uma vez que a compra da principal divisão da fabricante brasileira pela norte-americana está aguardando aprovações finais. A Boeing, porém, espera oferecer pacotes de vendas envolvendo o E2 e o 737 MAX assim como a Airbus está fazendo com o A220 e o A320. “A joint-venture com a Boeing sem dúvidas terá impacto em nossa capacidade de vender este avião ao redor do mundo”, disse John Slattery, presidente-executivo da aliança da Boeing com a Embraer no Brasil, em recente entrevista.
Mais cedo, a Mitsubishi Aircraft anunciou que assinou um acordo preliminar para venda de 15 jatos Spacejet M100 para uma companhia aérea não identificada na América do Norte. O Spacejet M100 é um versão nova e rebatizada do MRJ70, projetado para transportar entre 65 e 88 pessoas e para ser mais competitivo no mercado de aviões regionais dos Estados Unidos.
Na segunda-feira, a Embraer já havia anunciado na Paris Air Show a assinatura de contrato com a United Airlines para a venda de até 39 jatos E175, pelo valor de 1,9 bilhão de dólares (7,3 bilhões de reais). O acordo inclui 20 pedidos firmes e 19 opções com as aeronaves sendo configuradas com 70 assentos.
(Com Reuters)