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Embraer fecha trimestre no vermelho, mas bate recorde de receita e impressiona com carteira de pedidos

Apesar do prejuízo de R$ 53,4 mi no 2º tri, a companhia tem motivos pra comemorar a receita histórica de R$ 10,3 bi e a carteira de pedidos, que avançou 40%

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 ago 2025, 10h52 - Publicado em 5 ago 2025, 10h46

A Embraer, fabricante brasileira de aeronaves, reportou prejuízo líquido ajustado de R$ 53,4 milhões no segundo trimestre de 2025, uma reversão amarga em relação ao lucro ajustado de R$ 415,7 milhões obtido no mesmo período do ano passado. No entanto, esse resultado negativo esconde uma realidade mais promissora: a empresa vive um de seus momentos mais vibrantes em termos operacionais e comerciais desde a reestruturação ocorrida na década passada. A receita líquida alcançou R$ 10,3 bilhões no trimestre, uma alta de 31% em relação ao mesmo período de 2024, cravando um recorde histórico.

Todos os segmentos da Embraer entregaram crescimento de dois dígitos: a aviação executiva decolou com 74% de expansão, enquanto defesa, serviços e aviação comercial cresceram 28%, 23% e 11%, respectivamente. Mais do que números vistosos, os resultados sinalizam a consolidação de uma estratégia de diversificação que a empresa acelerou após o fim da tentativa de fusão com a Boeing em 2020.

Ainda que o prejuízo chame atenção, o desempenho operacional foi positivo. O Ebitda ajustado subiu 39,7% e chegou a R$ 1,39 bilhão, refletindo o avanço no volume de entregas, a valorização do dólar, que beneficia exportadores, e a maior eficiência industrial. O fluxo de caixa livre ajustado deve encerrar o ano no campo positivo, com pelo menos US$ 200 milhões, de acordo com o guidance mantido pela companhia.

O que mais impressiona, no entanto, é o tamanho da carteira de pedidos da empresa: US$ 29,7 bilhões ao fim de junho, um salto de 13% em relação ao trimestre anterior e 40% na comparação anual. Trata-se do maior volume já registrado pela Embraer. A companhia reafirmou a meta de entregar entre 77 e 85 jatos comerciais e entre 145 e 155 jatos executivos até o fim de 2025. O desempenho reflete, em parte, a antecipação de pedidos diante da ameaça de tarifas de 50% anunciadas por Donald Trump, mas também a crescente desconfiança do mercado em relação à Boeing, cuja reputação foi abalada por uma sucessão de falhas técnicas e incidentes de segurança.

A Casa Branca, sob o comando do presidente Donald Trump, ameaçava aplicar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Mas a Embraer, e cerca de 700 produtos, foram excluídos da medida, arcando apenas com a taxa de 10%.

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Os ventos favoráveis à empresa resultam em sua valorização na bolsa de valores. Segundo a consultoria Elos Ayta, as ações da companhia acumulavam alta de 35,99% em dólar no ano até 29 de julho, superando nomes como Nvidia (30,72%) e Microsoft (22,07%). Trata-se de uma performance digna das chamadas “sete magníficas”, o grupo das maiores estrelas tecnológicas da bolsa americana. As ações da empresa são negociadas em alta de mais de 3% nesta terça-feira, 5, por volta das 10h40, o que pode ser interpretado como uma resposta positiva dos investidores ao balanço da empresa.

 

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