O Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) voltou atrás na informação de que 18 marcas internacionais suspenderam a compra de couro brasileiro. Na manha desta quarta-feira, 28, a entidade havia dito que as empresas se opunham à relação do agronegócio com o desmatamento. Já no início da tarde, a entidade soltou outra nota, informando que, diferentemente do que a própria tinha comunicado, não houve suspensão a exportação de couro.
A entidade disse que existia um “indicativo de suspensão de pedidos que, no entanto não se confirmou”. “Fornecimento e exportações continuam normais, sendo o Brasil um dos maiores produtores mundiais de couro”, comunicou a instituição, em nova nota assinada pelo presidente executivo da instituição, José Fernando Bello.
Ao todo, dezoito empresas tinham sido citadas na nota: Timberland, Dickies, Kipling, Vans, Kodiak, Terra, Walls, Workrite, Eagle Creek, Eastpack, JanSport, The North Face, Napapijri, Bulwark, Altra, Icebreaker, Smartwoll e Horace Small.
Na nota desta manhã, a entidade tinha relacionado a suspensão das exportações ao desmatamento e cobraram “atenção” do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. “Recentemente, recebemos com muita preocupação o comunicado de suspensão de compras de couros a partir do Brasil de alguns dos principais importadores mundiais”, informava a nota divulgada pela CICB, que voltou atrás em seu informe posteriormente.
Números
Dados mais recente sobre a exportação de couro, elaborados pela entidade, revelam que, em julho, o setor vendeu para fora do país 84,2 milhões de dólares, aumento de 8,4% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram exportados 77,7 milhões de dólares. Na comparação com junho deste ano, no entanto, quando a exportação foi de 87,5 milhões de dólares, houve queda de 3,7%.