Entidades do setor produtivo do Brasil lamentaram o pedido de demissão da presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Silvia Bastos Marques.
Maria Silvia renunciou ao cargo nesta sexta-feira, 26, após reunir-se no início da tarde com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto, em Brasília. O diretor de operações indiretas do banco de fomento, Ricardo Ramos, exercerá interinamente a presidência em seu lugar. A executiva anunciou seu desligamento do BNDES em comunicado interno distribuído aos funcionários.
Em nota, a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) ressaltou que Maria Silvia empenhou seu papel à frente da Presidência do BNDES “com competência e seriedade”. “A instituição precisa continuar exercendo seu papel relevante para o desenvolvimento nacional”, completou o comunicado.
Outra entidade crítica em relação a saída de Maria Silvia foi a Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Em nota, o presidente da ACSP, Alencar Burti, afirmou que a renúncia de Maria é mais um problema ao país.
“A cada momento surge uma crise. O Brasil está extremamente ameaçado. A saída da Maria Silvia Bastos é mais um problema que teremos que enfrentar. Lamentamos profundamente esse fato por se tratar de uma executiva altamente profissional e competente. Esperamos que seu substituto ou substituta seja igualmente qualificado ou qualificada e não tenha qualquer vinculação político-partidária”, diz Burti.
Já a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) preferiu não comentar a saída de Maria Silvia, mas exaltar o nome de Ricardo Ramos, que irá assumir o banco de fomento a partir de agora.
“A Abimaq considera excelente a nomeação do diretor Ricardo Ramos, pertencente ao quadro de carreira do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para assumir interinamente a presidência do BNDES. Ele é profundo conhecedor do Banco e da indústria brasileira”, disse a entidade em nota.
Já para a CNI, o novo presidente do banco deve executar os projetos de financiamentos com “celeridade”. “O novo presidente do BNDES não pode perder a oportunidade de executar com celeridade os projetos de financiamento para a indústria e para a infraestrutura. Esses investimentos são essenciais para ajudar a retomada do crescimento da economia brasileira. O Brasil não pode parar”, disse a entidade, em nota.
Outras associações, como Fiesp e CNC preferiram não comentar o caso.