A esposa do ex-presidente de Nissan Motor e Renault Carlos Ghosn, detido no Japão por suposta fraude fiscal, deixou o país após se negar a falar de forma voluntária com a Promotoria de Tóquio, informou a agência de notícias Kyodo.
Carole Ghosn partiu do Japão na noite de sexta-feira e chegou a Paris na manhã seguinte, disseram fontes ligadas ao caso ao citado meio, que deu a notícia no final do domingo.
A Promotoria de Tóquio queria interrogar a esposa do empresário sobre uma série de transferências que Ghosn teria ordenado realizar a partir da Nissan a uma distribuidora de Omã e a suspeita que parte dos fundos foram desviados para uma companhia controlada por ela e usados para uso pessoal, entre eles a compra de um iate privado.
Depois que Carole não quis falar voluntariamente com os promotores, estes apresentaram uma solicitação a um tribunal para interrogá-la como testemunha, embora não esteja claro se ela chegará a depor a um tribunal japonês, tendo em vista sua saída do país.
Quando Ghosn, de 65 anos, foi novamente detido na quinta-feira passada, as autoridades apreenderam documentos na sua casa, assim como o computador, o telefone celular e o passaporte libanês da sua esposa, que saiu do Japão usando seu passaporte americano, disseram as citadas fontes.
Em entrevista ao Le Journal du Dimanche, a esposa do ex-diretor disse que saiu de Japão porque temia por sua segurança. EFE