A OGX Petróleo e Gás e sua acionista, a Óleo e Gás Participações (OGPar) encerraram nesta quarta-feira seus processos de recuperação judicial, iniciados em 2013, de acordo com comunicado divulgado ao mercado. A empresa petroleira foi fundada pelo empresário Eike Batista, preso neste ano por causa de denúncias de pagamento de propina ao ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
Após o anúncio, as ações das empresas dispararam na bolsa na tarde desta quarta-feira, com os papéis da OGX se valorizando 9,49%, a 4,50 reais, e os da OGPar subindo 10,7%, a 3 reais.
As empresas fizeram o pedido em outubro de 2013, e o processo foi aprovado pelos credores em junho de 2014. Na época, as dívidas superavam 13,8 bilhões de reais. As companhias haviam sinalizado a intenção de finalizar o processo em julho deste ano, por considerarem que as etapas previstas no plano tinham sido cumpridas. A decisão sobre o encerramento da recuperação judicial foi proferida pela 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Rio de Janeiro.
“O encerramento da fase judicial da recuperação atenderá aos ditames legais, sem prejuízo da continuidade do cumprimento dos planos de recuperação judicial e da solução de incidentes ainda pendentes de julgamento”, disseram as empresas em comunicado ao mercado.
Eike
A OGX foi fundada por Eike Batista, que já foi um dos homens mais ricos do mundo, com fortuna estimada em cerca de 30 bilhões de dólares (97,51 bilhões de reais) em 2012.
Por causa da queda de seu império, o empresário alegou em maio deste ano não ter 52 milhões de reais para pagar uma fiança. Desde abril ele cumpre prisão domiciliar em razão de investigação derivada da Operação Lava Jato. Eike deixou o conselho de administração da empresa em 2015.
(Com Reuters)