Em uma decisão amplamente esperada pelos mercados, o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, optou por manter sua taxa de juros de referência no intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano. Esta é a oitava vez consecutiva que o Fed mantém a taxa inalterada. A decisão, tomada por unanimidade com 12 votos a 0, mantém os juros no maior nível em 23 anos desde julho de 2023.
O comunicado do Fed destaca que “indicadores recentes sugerem que a atividade econômica continuou a se expandir em um ritmo sólido”. Embora os ganhos de emprego tenham moderado e a taxa de desemprego tenha subido levemente, esta continua baixa, sinalizando uma robustez no mercado de trabalho. A inflação, embora tenha diminuído no último ano, ainda permanece um pouco elevada. “Nos últimos meses, houve algum progresso adicional em direção à meta de inflação de 2% do Comitê”, observou o Fed.
O objetivo do Comitê de Política Monetária do Fed é claro: alcançar o máximo de emprego e uma inflação estável na taxa de 2% no longo prazo. A entidade reconhece que os riscos para atingir essas metas estão “se movendo para um melhor equilíbrio”, mas destaca a incerteza da perspectiva econômica e a necessidade de vigilância constante quanto aos riscos.
Em relação a futuros ajustes, o Comitê afirmou que “avaliará cuidadosamente os dados recebidos, a perspectiva em evolução e o equilíbrio de riscos”. Um ponto crucial do comunicado foi a indicação de que “não espera que seja apropriado reduzir a faixa-alvo até que tenha adquirido maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção a 2%”.
O Fed reforçou seu compromisso de monitorar atentamente as implicações das informações recebidas para a perspectiva econômica e de ajustar a política monetária conforme necessário para atingir suas metas. O Comitê levará em conta uma ampla gama de informações, incluindo condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias, expectativas de inflação, além de desenvolvimentos financeiros e internacionais.
Embora a decisão já fosse amplamente esperada, o foco agora se volta para o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, que pode fornecer pistas sobre a trajetória da política monetária nos próximos meses. O mercado está antecipando um possível início de corte de juros em setembro e espera obter uma “confirmação” dessa expectativa nas declarações de Powell.