A Passaredo Linhas Aéreas comprou a operação da companhia aérea MAP, com atuação no Amazonas e no Pará. Com o negócio, a companhia terá 26 operações diárias no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, a primeira programada para o dia 27 de outubro, segundo comunicado da empresa. Isso porque a MAP havia recedido 12 slots da Avianca na redistribuição feita pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a própria Passaredo ficou com outros 14.
O foco da Passaredo, que é sediada em Ribeirão Preto (SP), é ampliar o número de voos no estado de São Paulo. Ainda não há rotas desenhadas. Hoje, a empresa opera em Ribeirão e São José do Rio Preto e o único voo para São Paulo é via Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Até o anúncio dos novos destinos, as companhias seguirão a operação nas 28 cidades atuais atendidas por ambas e não há a previsão de cortes nos postos de trabalho. A previsão é chegar a 37 destinos até o fim deste ano. Entre os novos previstos, estão Araçatuba, Bauru e Marília, no Estado de São Paulo, Uberaba (MG), Ipatinga (MG), Dourados (MS) e Ponta Grossa (PR). Após a ampliação da malha, focando o interior da região centro sul, a empresa vai mirar na diversificação de destinos no Norte do país. Não há intenção, em primeiro momento, de ingressar na ponte aérea. A Azul, que conseguiu os slots restantes da Avianca, investiu nesta rota.
Com a aquisição, a Passaredo passa a ter 11 aeronaves ATR 72-500, cinco já operadas da empresa com sede em Ribeirão Preto (SP) e seis da MAP. Três aviões da MAP serão remanejados da região Norte para operar em Congonhas e mais três novas aeronaves devem ser incorporados até o final do ano, elevando a frota para 14.
Segundo José Luiz Felício Filho, presidente da Passaredo, a expansão das operações trará um importante incremento de receita e equilíbrio financeiro para a empresa. “A sinergia irá otimizar, por exemplo, a necessidade de estoque de peças, frota reserva e mecânicos. Cada empresa teria que ter sua estrutura em Congonhas e agora, em conjunto, iremos readequar essa necessidade”, disse.
A companhia afirma que irá manter todas as operações atuais da MAP, que voa para 14 destinos entre Amazonas e Pará, assim como todos os postos de trabalho nas bases operacionais e na sede da empresa, em Manaus – AM. De acordo com Felício, a operação na região era um desejo antigo da companhia. “Sempre tivemos muito interesse na região Norte, mas a dificuldade logística nunca permitiu nossa expansão para aqueles mercados. Agora, com uma estrutura logística completa em Manaus, inclusive de manutenção, poderemos dedicar uma frota de aeronaves para assumir as operações regulares.”