Os analistas do mercado financeiro subiram a projeção de crescimento da economia em 2017, de 0,39% para 0,50%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira. A alta nessa estimativa é a segunda consecutiva, e ocorre após a divulgação do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo semestre. O crescimento de 0,2% no período, divulgado pelo IBGE na última sexta-feira, foi considerado positivo pelos economistas.
A previsão do Focus para o crescimento da economia no ano que vem permaneceu inalterada pela nona semana consecutiva, em 2%.
Em relação à inflação, os analistas consultados para o boletim voltaram a reduzir as expectativas para o avanço dos preços. A revisão ocorre na semana em que há decisão sobre os juros. As estimativas para o IPCA em 2017 caíram de 3,45% para 3,38%, segunda queda consecutiva. E, para o ano que vem, baixaram de 4,20% para 4,18%. O centro meta da inflação estabelecida pelo governo para este ano é de 4,5% – com a margem de tolerância, ela pode variar entre 3% e 6%.
Além do IPCA, que é o índice oficial usado pelo governo, houve queda nas estimativas dos economistas para os outros três indicadores de inflação analisados no Focus: o IPC-Fipe (de 3% para 2,99%), o IGP-M (de -0,76% para -0,86%) e o IGP-DI (-1,04% para -1,07%). Os quatro índices são usados pelo mercado para monitorar o comportamento dos preços. Os números são diferentes entre si pois as metodologias e as instituições responsáveis pelos cálculos são distintas.
A inflação em ritmo mais fraco tem motivado o Copom a reduzir a taxa básica de juros – a Selic -, atualmente em 9,25% ao ano. O Comitê se reúne entre os dias 5 e 6 para deliberar sobre o assunto. A expectativa do mercado, segundo o Focus, é que haja um novo corte, para 8,25%. As estimativas para a Selic ao fim de 2017 e 2018 permanecem em 7,25% e 7,50%, respectivamente.