Fortaleza mira no modelo do Bayern de Munique em projeto para SAF
Ideia é vender entre 10% e 15% da SAF do clube, com projeção de até 60 milhões de reais de investimento
Com as contas em dia e faturamento histórico no Nordeste, o Fortaleza agora coloca a criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) como um dos seus objetivos. E uma das referências da atual diretoria para esse projeto toma como inspiração o Bayern de Munique, da Alemanha, que negociou apenas 25% do clube para três empresas: Audi, Allianz e Adidas. A maior cota (75%) segue no controle dos bávaros, o que dá ao clube poder de decisão na palavra final. “Entendemos que o modelo do Bayern de Munique é o melhor, vemos como uma referência e nos aprofundamos”, revela o presidente Marcelo Paz. “Estamos fazendo tudo com muita estratégia, sem pressa, pois conseguimos chegar até aqui com boa gestão, temos nossos compromissos em dia e queremos analisar todas as probabilidades”, diz.
Recentemente, o Leão do Pici criou uma comissão com diretores e vice-presidentes do clube, que vão debater e apresentar um projeto inicial ainda neste ano. Depois disso, o projeto só vai avançar com a aprovação do Conselho Deliberativo e Assembleia de Sócios, como já aconteceu com outros clubes que se tornaram SAF. “O primeiro passo neste momento é apresentar a SAF, passando obviamente por todas as aprovações, para somente depois operacionalizar a venda nessas frações”, completa o presidente do Fortaleza.
Além dele, dois nomes aparecem à frente deste projeto: Geraldo Luciano, vice-presidente do Fortaleza, e Arthur Lidio, diretor administrativo do clube. “Obviamente que a gente leva em conta os próximos passos na temporada, passando pela manutenção na Série A, por exemplo”, aponta Luciano. Nas últimas cinco temporadas, o clube aumentou suas receitas em 1.100%, saindo de 24 milhões de reais em 2017 para 267 milhões de reais no ano passado. “Essa valorização será muito maior nos próximos anos”, completa, otimista.