Funcionários da American Airlines estão movendo uma ação coletiva contra a fabricante dos novos uniformes da empresa, Twin Hill. A nova peça de roupa estaria causando náuseas, alergias e dores de cabeça aos trabalhadores expostos.
Mais de 70 mil funcionários estão usando o uniforme e 400 deles registraram reclamações sobre a vestimenta, de acordo com informações o site Business Insider. Foi a primeira vez em 30 anos que a empresa atualiza o guarda-roupa dos pilotos, aeromoças e atendentes.
O lançamento do novo uniforme foi anunciado em setembro de 2016 pela companhia aérea e celebrado como uma moderna coleção.
A ação movida pelos funcionários é encabeçada pela advocacia Balaban & Spielberger, com o escritório Kabateck Brown Kellner. No Facebook, uma das funcionárias da American Airline, Heather Poole, convidou outros trabalhadores da empresa que tenham sido prejudicados a se juntarem contra a fabricante Twin Hill.
As vestimentas foram fabricadas em diversos países, incluindo Sri Lanka, China, Vietnã, Bangladesh e Indonésia. Os materiais usados foram lã e poliéster para as camisas masculinas e algodão nas blusas femininas.
Em defesa, a Twin Hill encaminhou e-mail para a American Airlines. A empresa defendeu as peças de roupa e afirmou que mais de cinco milhões de pessoas usam uniformes da Twin Hill para ir trabalhar diariamente. “Somos uma empresa que põe os usuários em primeiro lugar: priorizamos segurança, conforto e qualidade acima de tudo. Estamos extremamente preocupados com as reclamações que começaram a aparecer sobre as reações de seus funcionários”, disse a empresa.
Em 2013, a fabricante se envolveu em um caso parecido. Aeromoças da Alaska Airlines reclamaram de dores de cabeça, irritação na pele e respiratória após exposição ao uniforme da empresa. Três anos depois, a Twin Hill foi considerada inocente, quando testes não puderam comprovar os sintomas relatados.
A American Airlines informou à VEJA que dará início a um processo para escolha de uma nova fornecedora de uniformes, mas afirmou que não foi notificada formalmente sobre a ação movida pelos funcionários. “Segurança é e permanece sendo nossa prioridade número um e nós nunca pediríamos a nossa equipe que usassem uniformes inseguros. Nós providenciamos muitas alternativas para quem estiver preocupado com o uniforme atual”.