O sindicato dos trabalhadores dos Correios de 20 Estados e do Distrito Federal aprovaram em assembleia a suspensão da greve da categoria, iniciada há 17 dias. Ontem, sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão e Tocantins realizaram assembleias aprovando a proposta. Novas assembleias foram realizadas nesta sexta-feira em outras localidades.
Nas assembleias, os trabalhadores aprovaram a proposta de conciliação feita pelo TST, que prevê reajuste salarial de 2,07% e manutenção das cláusulas do acordo coletivo por dois anos.
Ontem, o sindicato de São Paulo atribuiu a decisão de encerrar a greve à ‘conjuntura desfavorável’ e fez críticas ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).
“A conjuntura desfavorável e a postura do tribunal, que mais determinou que mediou ou conciliou, foram determinantes para levar a maioria a entender que continuar a greve seria entrar numa guerra que exigiria forças e sacrifícios imensos da categoria”, afirma a entidade.
Também ficou determinado que os grevistas terão de repor os dias parados até dezembro. Serão compensadas até 64 horas, sendo seis horas aos sábados.
“A manutenção do acordo coletivo na íntegra, um mês antes da reforma trabalhista entrar em vigor, foi o mais importante nesse momento, pois garante nossos direitos conquistados em muitos anos de luta, que estavam seriamente abraçados”, diz o sindicato.
Dos cerca de 108 mil empregados dos Correios, aproximadamente 90% estão trabalhando normalmente em todo o país. A rede de atendimento está aberta em todo o Brasil e todos os serviços continuam disponíveis. Apenas os serviços com hora marcada estão suspensos.
Neste fim de semana será realizado mais um mutirão nos Correios e a expectativa é de entregar aproximadamente 5 milhões de cartas e encomendas.