Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Futuro da política monetária dita ritmo do mercado na semana

Ibovespa cai 1% na semana e dólar acumula perdas de 0,7%, de olho em dados da economia brasileira e americana

Por Juliana Machado 6 set 2024, 17h52

A primeira semana de setembro termina com um sabor agridoce para os ativos brasileiros, após a divulgação de indicadores importantes na semana, que apontam para um fortalecimento da economia doméstica, de um lado, e para um esfriamento da atividade nos Estados Unidos, de outro. No vaivém de expectativas em torno dos dados, o Ibovespa termina a semana em baixa, enquanto o real registra uma pequena valorização frente ao dólar.

No fim da sessão de hoje, o principal índice de ações da B3 caiu 1,41%, aos 134.572 pontos, enquanto o dólar subiu 0,34%, a 5,59 reais. Na semana, o Ibovespa acumula baixa de 1%, enquanto o dólar registrou queda de 0,7%.

No último pregão da semana, prevaleceu sobre entre investidores a tendência de venda de ativos de risco após o relatório de emprego e desemprego conhecido como “Payroll” nos Estados Unidos. Segundo a publicação, em agosto, foram criadas 142 mil vagas de trabalho, abaixo do esperado por analistas e economistas. Os dados bem mais fracos do que o esperado mostram que a economia americana está perdendo de força, o que afasta os receios de uma inflação mais forte e, portanto, reforça a tese de que o Federal Reserve (Fed), o banco central do país, terá espaço para iniciar o ciclo de corte de juros já na reunião deste mês.

Por outro lado, os investidores também vêm utilizando os dados para tentar medir o risco de a economia americana passar por um “hard landing”, ou seja, uma recessão mais severa — razão pela qual o dado do Payroll motivou a busca por ativos de menor risco no dia. O mercado, bastante sensível, deve continuar acompanhando a divulgação de outros dados até a decisão de política monetária pelo Fed para tentar medir em que estágio está a maior economia do mundo.

“De um lado, temos a certeza de que o ciclo de cortes na taxa de juros vai mesmo iniciar em setembro. De outro, aumentam as dúvidas sobre qual será o movimento inicial e as sinalizações para a extensão e profundidade do ciclo”, afirma Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.

Continua após a publicidade

No Brasil, a situação é inversa. Na terça-feira, investidores acompanharam a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, cujo crescimento veio acima do esperado tanto na comparação com igual período do ano passado (3,3%), quanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (1,4%).

Dados mais fortes contribuem para a melhora das perspectivas para setores ligados à atividade real, como varejo e consumo, que chegaram a ter um bom desempenho na bolsa. No entanto, um PIB mais forte tem grande potencial inflacionário, o que reforça a tese de que o Banco Central terá de subir os juros em breve para trazer a inflação para a meta. Juros mais altos tiram atratividade da renda variável e, portanto, contribuem para o ajuste negativo do Ibovespa.

“Esperamos uma acomodação da atividade brasileira na segunda metade do ano, em função do menor impulso fiscal e da manutenção da política monetária restritiva”, afirma Igor Rocha, economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). “Diante das informações disponíveis até o momento e, sobretudo, devido às surpresas positivas da atividade no primeiro semestre, revisamos a projeção de crescimento da economia brasileira de 2,2% para 2,7% em 2024.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.