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GM ameaça deixar América do Sul caso lucros não melhorem

Reunião da empresa com sindicatos e prefeituras de São José dos Campos e São Caetano do Sul ocorre nesta terça-feira, 22

Por André Romani 21 jan 2019, 17h22
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  • Em comunicado publicado no quadro de avisos oficial da empresa na última sexa-feira, 18, a General Motors (GM) informou a seus funcionários que pode deixar a América Latina, caso os lucros na região não melhorem. Sindicatos reagiram com surpresa à atitude. Está marcada uma reunião para esta terça-feira, 22, entre trabalhadores, prefeitos e a montadora visando discutir a situação.

    No documento – também enviado via redes sociais para os principais diretores de sindicatos, já que em algumas fábricas os funcionários estavam de férias – o presidente da GM Mercosul Carlos Zarlenga afirma que a empresa está em um “esforço de reestruturar-se globalmente”.

    O texto cita um trecho da presidente Global Marry Barra, em fala à imprensa na semana passada, durante o anúncio dos resultados em 2018. Segundo ela, a GM considera sair da América do Sul. “Não vamos continuar investindo para perder dinheiro”.

    A nota coloca que a montadora teve prejuízo “significativo” entre 2016 e 2018, e que 2019 “será um ano decisivo para nossa história”. Além disso, diz que o Comitê Executivo do Mercosul desenvolveu um plano para a região, apresentado à liderança global nos EUA, mas que necessitará de apoio do “governo, concessionários, empregados, sindicatos e fornecedores.”

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    O texto termina relatando que o “tempo é curto” e que negociações com governo e concessionários já estão evoluídas, restando falar com sindicatos e prefeituras.

    A Veja apurou que a negociação com essas partes ocorrerá nesta terça-feira, 22, em São José dos Campos. Além da GM, estarão presentes o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, e os prefeitos de ambas as cidades.

    Ninguém sabe ainda os termos a serem colocados pela empresa.

    Ambos os sindicatos confirmaram o encontro, assim como a prefeitura de São Caetano do Sul. A prefeitura de São José dos Campos não respondeu, e a General Motors disse que não vai comentar o assunto.

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    Sindicatos se surpreenderam com decisão

    Segundo Renato Almeida, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, e trabalhador da empresa há 12 anos, a notícia foi recebida com indignação pelos funcionários. “Não faz sentido. A empresa lidera as vendas no Brasil”. De acordo com ele, existem cerca de 5 mil funcionários da empresa na região.

    Também indignado, Aparecido Inácio da Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, conta que quase 8 mil funcionários vão ser afetados na cidade. 

    O Chevrolet Onyx, da Chevrolet, marca pertencente à General Motors, foi o carro mais vendido no país em 2018, com 210.458 unidades emplacadas, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O automóvel lidera a lista desde 2015.

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