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GM quer diminuir salário, aumentar jornada e adotar contrato intermitente

Segundo sindicato, empresa quer terceirização de atividades meio e exclusão da garantia de emprego a acidentados; montadora não se manifestou

Por André Romani Atualizado em 23 jan 2019, 21h57 - Publicado em 23 jan 2019, 21h08
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    Empresa colocou 28 condições para acordo (Bill Pugliano/Getty Images/VEJA)

    A General Motors fez uma lista de 28 condições para fechar um acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos em uma reunião feita na terça-feira 22. Entre os pontos estão a diminuição do piso salarial e o aumento na jornada de trabalho para novos contratados. A empresa informou que não vai comentar o assunto.

    A proposta faz parte de uma negociação entre a montadora e sindicatos de funcionários das cidades em que a GM possui fábricas, como São José dos Campos, São Caetano e Gravataí. As discussões começaram após envio de uma carta assinada pelo presidente da GM Mercosul, Carlos Zarlenga, a todos os trabalhadores. No documento, a empresa alega a necessidade de fazer uma reestruturação global.

    Terminou sem acordo uma nova reunião realizada entre sindicato e a montadora nesta quarta-feira, 23. Representantes dos trabalhadores acham a proposta “agressiva” e enxergam pouca probabilidade de resolução.

    Entre as condições, as quais a reportagem teve acesso, a GM propõe terceirização de atividades meio e fim – como previsto pela reforma trabalhista – diminuição do piso salarial para 1.600 reais, exclusão da garantia de emprego para trabalhadores acidentados, implementação do trabalho intermitente por acordo individual e coletivo e jornada de 44 horas semanais.

    Segundo o presidente do sindicato Renato Almeida, “as propostas são de uma agressividade que nunca vimos”. Para ele, “nessas condições a possibilidade de não ter acordo é grande”.

    Uma nova reunião entre a montadora e os sindicatos está marcada para a próxima segunda feira 28.

    Entenda a história

    A empresa enviou um comunicado a seus funcionários na última sexta-feira no qual o presidente da GM Mercosul, Carlos Zarlenga, afirma que a montadora está em um “esforço de reestruturar-se globalmente”. O texto ainda cita uma fala da presidente Global, Marry Barra, que abre possibilidade para uma saída da GM da América do Sul. “Não vamos continuar investindo para perder dinheiro.”

    De acordo com o comunicado, a montadora teve prejuízo “significativo” entre 2016 e 2018, e 2019 “será um ano decisivo para nossa história”. Além disso, diz que o Comitê Executivo do Mercosul desenvolveu um plano para a região, apresentado à liderança global nos EUA, mas que necessitará de apoio do “governo, concessionários, empregados, sindicatos e fornecedores”.

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    Situação nas outras fábricas

    O Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul também já se reuniu com a diretoria da GM, mas os termos da discussão só vão ser divulgados na próxima segunda-feira, 28, após conversa com os trabalhadores que retornam de férias.

    Em Gravataí (RS), a empresa e o sindicato local vão se reunir na próxima semana, ainda sem data definida. Edson Dorneles, diretor jurídico do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, disse que foram os próprios trabalhadores que procuraram a empresa. “Quando recebemos o comunicado na sexta-feira já pedimos um agendamento com eles para entender o que estava acontecendo.

    Confira os 28 pontos

     

     

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