Governador de SP vai levar novos pedidos de caminhoneiros a Temer
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta segunda-feira que as negociações com os caminhoneiros já se esgotaram
O governador de São Paulo, Márcio França, disse que levará para o presidente Michel Temer, novas reivindicações dos caminhoneiros para encerrar a paralisação iniciada na segunda-feira passada. Segundo ele, a categoria quer deixar mais claro alguns pontos da proposta feita pelo governo federal.
No caso do preço do frente, por exemplo, França afirmou que os caminhoneiros querem que o governo publique uma tabela especificando o valor ‘quilômetro por quilômetro’, diferenciando por tipo de serviço.
Outra reivindicação diz respeito ao valor do desconto de 0,46 centavos no preço do diesel. Fraça afirmou que os caminhoneiros querem deixar claro que o desconto será aplicado sobre o valor da bomba de 19 de maio, o sábado anterior à paralisação. “Eles querem uma medida provisória fixando estado por estado qual o valor do diesel.”
Por fim, o governador de São Paulo diz que os caminhoneiros querem anistia das multas e da pontuação aplicada à categoria durante os dias de greve.
Segundo ele, os caminhoneiros com quem se reuniu dizem que se o presidente concordar com esses pontos, a greve nas estradas pode acabar em três horas.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta segunda-feira que o governo conversou com todas as instâncias possíveis de representação dos caminheiros – confederações, federações, sindicatos e associações.
“No nosso entendimento, as negociações que o governo tinha de fazer com os caminhoneiros já encerraram”, disse o ministro após reunião do gabinete de monitoramento da crise.
Segundo o ministro Marun (Secretaria de Governo), o governo conta com o bom senso e patriotismo dos empresários de postos de gasolina sobre repassar o desconto de 0,46 centavos para o preço da bomba. “Estamos fazendo um sacrifício e exigimos que chegue ao tanque do caminhão. O Ministério da Justiça está analisando que medidas podem ser tomadas do ponto de vista do consumidor, pois é um crime de lesa-pátria.”