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Governo admite que privatização da Eletrobras pode não sair neste ano

Segundo Guardia, a venda das distribuidoras é uma "precondição" que precisa ser cumprida antes que o governo coloque em marcha a venda da estatal

Por Reuters Atualizado em 21 jun 2018, 20h27 - Publicado em 21 jun 2018, 20h27

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, admitiu nesta quinta-feira a possibilidade de a privatização da Eletrobras não ocorrer neste ano, diante da necessidade de resolver antes a questão das distribuidoras de energia da estatal, ainda sob discussão no Congresso Nacional.

“Existe sim a possibilidade de não ocorrer neste ano”, disse o ministro em Washington. “Os prazos estão mais curtos para fazer uma operaçãoneste ano, e a gente ainda não aprovou a lei de privatização das distribuidoras.”

Segundo o ministro, a venda das distribuidoras da Eletrobras é uma “precondição” que precisa ser cumprida antes que o governo coloque em marcha a venda da estatal de energia.

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Há uma promessa do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de votar com urgência na Casa um projeto de lei visto como essencial para viabilizar a venda das distribuidoras da estatal, que operam em Estados do Norte e Nordeste.

Integrantes do setor elétrico, no entanto, apontam dificuldades a tramitação do projeto, com Copa do Mundo, festas de São João levando parlamentares para as suas bases e a proximidade do recesso parlamentar.

“Aqui existe uma sequência lógica que não pode ser invertida… antes de falar da capitalização da Eletrobras, precisamos viabilizar a privatização das distribuidoras. Esta é uma precondição para falar de qualquer operação com Eletrobras, e ainda não conseguimos”, disse o ministro.

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A venda das distribuidoras, que são deficitárias, poderia aumentar a atratividade para a desestatização da estatal.

Mas não houve mudança nas prioridades do governo, entre as quais a privatização da estatal federal do setor elétrico, disse Guardia, ressaltando ao mesmo tempo que o governo optou por introduzir as questões no Congresso em etapas. “Não dá para fazer todas as discussões ao mesmo tempo, temos que ir avançando passo a passo nas coisas que são importantes”, afirmou.

O presidente-executivo da estatal, Wilson Ferreira Pinto Jr., vem sofrendo pressões crescentes dentro e fora da companhia para deixar o cargo e sua eventual saída também poderia dificultar a negociação das distribuidoras, em um leilão agendado para o próximo mês.

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