Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Governo confirma temor do mercado em relação à meta fiscal

Relatório de receitas e despesas do 3º bimestre projeta redução na arrecadação e aumento nas despesas, elevando preocupações com a meta fiscal

Por Luana Zanobia Atualizado em 23 jul 2024, 13h56 - Publicado em 22 jul 2024, 17h50
  • Seguir materia Seguindo materia
  • OUTRA FUNÇÃO - Haddad: para o ministro da Fazenda, a companhia exerce papel social
    Fernando Haddad (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

    O governo apresentou nesta segunda-feira, 22, o Relatório de Acompanhamento de Receitas e Despesas Primárias referente ao terceiro bimestre de 2024. Os números confirmam a preocupação do mercado em relação ao cumprimento da meta fiscal. A arrecadação foi revisada para baixo, passando de R$ 2,704 trilhões para R$ 2,698 trilhões, uma redução de R$ 6,4 bilhões. Enquanto isso, as despesas aumentaram em R$ 20,7 bilhões, saltando de R$ 2,209 trilhões para R$ 2,230 trilhões.

    Segundo Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos e ex-secretário da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, o corte de gastos públicos está na direção certa. No entanto, ele alerta que, para cumprir a “meta zero”, seria necessário um corte total de R$ 27 bilhões, bem acima dos R$ 15 bilhões anunciado pelo governo.

    A visão é a mesma compartilhada pelo banco americano JPMorgan. “Nem nós nem o consenso esperamos que o governo alcance o resultado primário equilibrado pretendido este ano, vindo de um déficit de 2,3% no ano passado”, diz o relatório. O banco ressalta que “o elevado crescimento das despesas públicas até agora desafia o quadro fiscal e aumenta o risco de um fim antecipado da credibilidade dessa ferramenta, que reduziu os riscos fiscais no ano passado”.

    Os bloqueios e congelamentos anunciados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, visam gerenciar esse cenário e cumprir a promessa de entregar um déficit zero neste ano. Anteriormente, o governo previa um superávit. Do total de R$ 15 bilhões, R$ 11,2 bilhões serão bloqueados para garantir o respeito ao limite de despesas previsto no novo marco fiscal, devido a uma evolução acima do inicialmente previsto em gastos obrigatórios. Outros R$ 3,8 bilhões serão contingenciados para respeitar o limite inferior da meta de resultado primário, que autoriza um déficit primário de até R$ 28,8 bilhões, ou 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).

    Segundo Salto, nos próximos meses, a dinâmica das receitas poderá jogar mais ou menos a favor da nova projeção de receitas do relatório bimestral desta segunda-feira. “Se a arrecadação desacelerar mais do que a previsão a ser apresentada no bimestral, o contingenciamento terá de subir”, avalia.

    Continua após a publicidade

     

     

     

     

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    1 Mês por 4,00

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.