O governo federal encolheu para 1.031,00 reais a previsão de salário mínimo para o ano que vem. O anúncio foi feito pelo secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, nesta terça-feira, 26. O valor corresponde apenas a correção da inflação, sem ganhos reais, como aconteceu nos últimos anos. Em agosto, quando o projeto de lei do Orçamento Geral da União foi divulgado pela primeira vez, a expectativa era que o mínimo atingisse 1.039,00 reais – 8,00 reais a mais que a atual previsão.
Segundo Rodrigues, a correção foi feita com base na redução da estimativa para a inflação, que caiu de 4% para 3,5%. O reajuste foi feito levando em consideração o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) para o próximo ano. A previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como índice oficial de inflação, caiu de 3,9% para 3,5%.
Atualmente, o piso nacional é de 998,00 reais. Apesar de não apresentar ganho real, acima da inflação, essa será a primeira vez que o salário mínimo, que serve de referência para mais de 45 milhões de pessoas, ficará acima da marca de 1.000,00 reais.
Em contrapartida, a estimativa de crescimento para a economia aumentou de 2,17% para 2,32%, enquanto a cotação média do dólar no próximo ano aumentou de 3,80 reais para 4,00 reais.
Ao anunciar a revisão das estimativas, Rodrigues destacou que a nova política para o salário mínimo só será decidida nas próximas semanas pelo presidente Jair Bolsonaro. O secretário de Fazenda, no entanto, diz que o valor servirá de referência para o Palácio do Planalto. “Como já estamos em novembro, referência mais direta é salário mínimo de 1.031,00 reais”, afirmou.
(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)