Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Governo estuda plano em etapas para driblar tarifaço 

Estratégia prevê respostas graduais, ajustadas à gravidade dos danos setoriais

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 ago 2025, 10h49 - Publicado em 7 ago 2025, 10h28

Diante do choque tarifário orquestrado pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump, o governo brasileiro hesita em dar uma resposta única, preferindo, por ora, uma série de anúncios em etapas. Não é só uma questão de prudência: é o reconhecimento de que o impacto da nova tarifa varia radicalmente entre setores, empresas e até mesmo entre produtos de uma mesma pauta exportadora.

O estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado nesta quinta-feira, 7, revela que quase 7.700 itens brasileiros, que respondem por mais de 40% das exportações para os EUA, serão diretamente afetados. Isso inclui desde alimentos perecíveis até itens industrializados de maior valor agregado, como componentes automotivos e químicos.

A resposta do governo, no entanto, não será simétrica – pelo menos não agora. Há um entendimento entre as pastas da Fazenda, Desenvolvimento e Casa Civil de que agir com a mesma contundência pode sair pela culatra, elevando ainda mais a tensão comercial. Em vez disso, a estratégia que se desenha é mais branda, embora não menos ambiciosa: mitigar danos internos enquanto se ganha tempo para uma costura diplomática. Ao anunciar medidas em fases, o governo pretende calibrar sua atuação de acordo com a gravidade dos impactos setoriais e com a evolução das negociações com Washington.

As primeiras iniciativas deverão atender os setores mais expostos e com menor capacidade de absorver perdas. Produtos perecíveis, como peixes e frutas, devem ser priorizados. Uma linha de crédito emergencial e subsidiada, em fase final de elaboração, deve ser lançada ainda nesta semana. O objetivo é garantir liquidez para empresas que enfrentam prejuízos imediatos e não podem manter estoques por muito tempo. Há, ainda, discussões sobre o alongamento dos prazos para liquidação cambial, postergação do pagamento de tributos federais e a possível reativação do Programa Seguro-Emprego (PSE), medidas que constam entre os pedidos da CNI ao governo.

Nesta quinta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, encaminhou ao Palácio do Planalto o pacote de medidas de proteção aos setores atingidos. A decisão sobre o momento do anúncio, no entanto, caberá ao presidente Lula.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

MELHOR OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
De: R$ 16,90/mês
Apenas R$ 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.