O Governo Federal divulgou nesta quarta-feira, 10, os detalhes do aguardado Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), popularmente conhecido como “Enem dos Concursos”. Com a expectativa de preencher 6.640 vagas distribuídas em 21 órgãos, o CPNU representa uma inovação dos concursos públicos brasileiros.

As inscrições para o CPNU estarão abertas a partir do próximo dia 19 e se estenderão até 9 de fevereiro, com taxas de inscrição variando de R$ 60 a R$ 90. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, anunciou que as provas serão aplicadas no dia 5 de maio em 220 cidades, ampliando o alcance para locais que nunca receberam provas de concursos federais.

O modelo do CPNU, detalhado pelo governo, permitirá aos candidatos concorrem a mais de um cargo, desde que pertencentes ao mesmo eixo temático. Os oito blocos temáticos são distribuídos da seguinte forma:

• Bloco 1 – Administração e Finanças Públicas (727 vagas)
• Bloco 2 – Setores Econômicos, Infraestrutura e Regulação (597 vagas)
• Bloco 3 – Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário (530 vagas)
• Bloco 4 – Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação (971 vagas)
• Bloco 5 – Políticas Sociais, Justiça e Saúde (1.016 vagas)
• Bloco 6 – Trabalho e Previdência (359 vagas)
• Bloco 7 – Dados, Tecnologia e Informação (1.748 vagas)
• Bloco 8 – Nível Intermediário (692 vagas)

O CPNU marca uma mudança significativa na forma de inscrição, não mais vinculada a órgãos específicos, mas sim à especialidade e cargo desejados.  Os candidatos poderão concorrer a todos os cargos dentro do bloco temático escolhido, especificando a ordem de preferência desejada. A ministra enfatizou que o CPNU será realizado de dois em dois anos, concentrando o maior número de vagas possíveis.

A previsão é de 3,5 milhões de inscritos, e de que todas as 6.640 vagas sejam preenchidas ainda em 2024. O resultado final será divulgado em 30 de julho de 2024, e os aprovados começarão a ser convocados a partir de 5 de agosto do mesmo ano para apresentação de documentação e posse nos cargos públicos.

Com a inclusão de 5% das vagas destinadas a pessoas com deficiência, 20% para pessoas negras e, para cargos na Funai, 30% das vagas para indígenas, o CPNU busca promover a diversidade e democratizar o acesso aos cargos públicos federais.

A Fundação Cesgranrio foi escolhida para conduzir o processo seletivo, que contará com avaliações objetivas específicas e dissertativas, por área de atuação. A ministra destacou a importância do CPNU como um marco na modernização dos concursos públicos, visando atender às demandas da população brasileira.

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