Governo oficializa candidatura de Ilan Goldfajn à presidência do BID
Ex-presidente do Banco Central na gestão de Michel Temer, economista pediu demissão do FMI para concorrer ao cargo
O economista Ilan Goldfajn, ex-presidente do Banco Central, se desvinculou do Fundo Monetário Internacional (FMI) para concorrer ao cargo de presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como indicado do Brasil ao cargo.
Após a saída do economista do FMI, Guedes formalizou a indicação de Ilan para o BID. Em nota, Guedes afirma que o candidato “concilia ampla e bem-sucedida experiência profissional no setor público, em organismos multilaterais e no setor privado, além de sólida formação acadêmica, que o qualificam para o exercício do cargo de presidente da instituição”. O economista presidiu o BC entre 2016 e 2019, na gestão de Michel Temer e na transição do governo Bolsonaro. Além do FMI, Ilan tem passagens por outras importantes instituições, como Itaú e o Credit Suisse. O prazo para candidatura ao cargo de presidente do BID se encerra em 11 de novembro de 2022 e a eleição está marcada para o dia 20 de novembro de 2022.
Na nota, o Ministério da Economia afirma que irá articular, junto com o Ministério das Relações Exteriores, para que o Brasil possa presidir o banco pela primeira vez. O país é o segundo maior acionista do BID. Segundo a pasta, o país está comprometido com princípios de boa governança para condução profissional da instituição e que é possível impulsionar o desenvolvimento de infraestrutura verde, transportes e telecomunicações em toda a região, além da integração com cadeias produtivas globais.