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Governo projeta queda menor do PIB com aposta na retomada de serviços

Segundo boletim divulgado pelo Ministério da Economia, queda deverá ser de 4,5% neste ano, contra 4,7% da projeção anterior

Por Larissa Quintino Atualizado em 17 nov 2020, 18h00 - Publicado em 17 nov 2020, 11h27
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  • RESPEITO - Restaurante na Barra, no Rio de Janeiro: os protocolos de saúde são seguidos por endereços responsáveis -
    RESPEITO - Restaurante na Barra, no Rio de Janeiro: os protocolos de saúde são seguidos por endereços responsáveis - (Bruna Prado/Getty Images)

    Indicadores de recuperação do setor de comércio e indústria motivaram o governo federal a fazer a primeira revisão para o desempenho da economia brasileira em seis meses. De acordo com o Boletim Macrofiscal, divulgado nesta terça-feira, 17, pelo Ministério da Economia, o Produto Interno Bruto (PIB) deve recuar 4,5% em 2020. Anteriormente, a aposta era de recuo de 4,7%. Segundo o documento, assinado pela Secretaria de Política Econômica, as medidas de controle à pandemia engendradas pelo governo surtiram efeito e seguraram a queda da economia. E, para o quarto trimestre do ano, se espera uma aceleração do setor de serviços, que ainda está caminhando passos lentos. “Da mesma forma que a indústria e o varejo foram os principais motores da retomada no terceiro trimestre, mantém-se a expectativa de que os serviços serão responsáveis pela melhora da atividade no final do ano”, afirma a secretaria. A aposta, segundo o ministério, se relaciona com a desaceleração dos novos casos de Covid-19 e o aumento da movimentação nos setores, inclusive parques, lazer e restaurantes. Entretanto, o ministério chama atenção para uma possibilidade “ainda que muito pequena” de uma nova onda de Covid-19, acrescentando incerteza ao ambiente econômico.

    “O setor de serviços está cada vez mais forte e irá puxar o PIB para um bom crescimento em 2021. Caso haja algum outro problema, estaremos preparados”, afirmou o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachida, sobre a possibilidade de uma segunda onda que freie o crescimento esperado.  De toda forma, a equipe econômica ressalta as revisões feitas pelo mercado e órgãos internacionais, em linha com o que pregava o ministério desde a fase mais aguda da crise. O FMI, por exemplo, estimava uma queda de 9% em junho, agora, projeta o recuo de 5%. No caso do mercado financeiro, a estimativa que chegou a 6,5% atualmente está em 4,66%, de acordo com o Boletim Focus divulgado na última segunda-feira.

    Retomada

    Para 2021, entretanto, o Ministério da Economia manteve a estimativa de crescimento de 3,2%. Segundo o documento, esse movimento só será possível pela manutenção de postos de trabalho formais.  Isso, segundo Sachsida, seria responsável por uma retomada rápido do mercado de trabalho, “Tão logo passe o distanciamento social, o emprego irá subir”, disse. “Espera-se que a retomada desse setor, dada a maior flexibilidade no mercado de trabalho informal, poderá gerar mais vagas com a continuidade da queda dos novos casos de Covid em curso e a futura imunização da população, através de uma vacina”, argumenta o ministério em documento. Também se credita como fator de crescimento o aumento da oferta de crédito tanto para pessoa física quando para pessoa jurídica.

    O documento, como não poderia ser diferente, não perde a oportunidade de pregar a agenda liberal do ministro Paulo Guedes: para a retomada do crescimento — visando em uma recuperação sustentável — é necessário que as grandes reformas, que andam estacionadas no Congresso, avancem.  Não há menção a novos programas de renda ou a manutenção do auxílio emergencial como ponto para impulsionar a economia. O recado, é claro: as reformas precisam andar. “A retomada da agenda de reformas que focaliza no ganho de produtividade e na continuidade do processo de consolidação fiscal, além de garantir a manutenção dos ganhos obtidos com a redução estrutural da taxa de juros e a inflação, e o aumento do crescimento potencial, possibilitarão que os efeitos negativos da pandemia não serão perpetuados para o nível da atividade econômica”, avalia o texto. De acordo com o secretário, caso o país gaste mais, irá prejudicar a retomada dos empregos, o que afetará os mais pobres.

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