Governo vai cortar 10% em tarifas de importação em quatro anos, diz Guedes

Em evento no Rio de Janeiro, o ministro esclareceu que a abertura da economia brasileira será feita de modo exponencial

Por Por Redação
Atualizado em 10 Maio 2019, 16h01 - Publicado em 10 Maio 2019, 15h15

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira, 10, que o governo pretende fazer um corte gradual de 10% nas tarifas de importação para abrir a economia brasileira.

“A abertura da economia tem que ser exponencial, não pode ser linear senão você quebra a indústria brasileira. Vamos baixar tarifa média em 10%; sendo 1% no primeiro ano, o dobro no segundo, o triplo no terceiro e o quadruplo no último ano”, disse ele durante evento no Rio de Janeiro.

Além disso, Guedes também disse acreditar que não terá dificuldade de aprovar um pacto federativo, porque governadores e prefeitos concordam sobre a necessidade de promover mudanças. “O pacto fará parte de uma agenda positiva que será lançada após a conclusão da reforma da Previdência”, disse ele.

O pacto federativo tem o objetivo de apontar proposições legislativas que possam contribuir para melhorar a situação financeira dos entes federados e ajudar a remover gargalos que impedem o crescimento.

Entre as mudanças previstas, o ministro citou a desvinculação de receitas e despesas dos orçamentos de Estados e municípios e também a redução da alíquota de tributos, que deve cair 10% em média. “A redução deve ser gradativa, ano a ano”, segundo o ministro

Continua após a publicidade

Guedes também voltou a defender a reforma da Previdência. Ele afirmou que “deixou um clima de Fla x Flu” no debate, de que “é tudo ou nada”. “Em Brasília, os caras estão gastando 100 milhões de reais para a reforma não passar”, disse. O ministro, no entanto, não detalhou, quem seriam essas pessoas.

A reforma da previdência, que modifica as regras de aposentadoria no país, está na Comissão Especial da Câmara dos Deputados. Se aprovada, passa para o plenário da Casa, onde precisa de 308 dos 531 votos em dois turnos de votação; e depois para o Senado.

BNDES

O ministro destacou também que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não pode ser uma fábrica de privilégios, que escolhe apenas algumas empresas para receber a maior parte dos investimentos. De acordo com Guedes, o banco não pode exercer apenas o papel de “dar grana para gato gordo”. “Tem que acabar com essa história de [criar empreendimento] campeão nacional. Quem cria campeão nacional é o mercado. Isso aqui não pode ser uma fábrica de privilégios”, disse ele.

Continua após a publicidade

A solução, segundo o ministro, seria o banco investir em projetos de utilidade pública, como a política de saneamento, mas também na reestruturação financeira de estados e municípios, nas privatizações e no Programa de Parcerias de Investimentos (PPIs), que visa uma parceria entre Estado e iniciativa privada.

(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

SEMANA DO CONSUMIDOR

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.