Em greve desde o dia 1º, os petroleiros amotinados aprovaram o fim da paralisação nesta sexta-feira, 21. A decisão foi anunciada pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Ives Gandra Martins Filho, ao deixar uma audiência com representantes do movimento. “O acordo foi no sentido de encerrar a greve. Não há mais margem para paralisação”, afirmou o ministro.
Em nota, porém, o diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, deixou em aberto novas mobilizações. “O que nosso movimento mostrou é que queremos sempre o diálogo e a negociação, mas que se houver descumprimentos aos acordos coletivos, podemos nos mobilizar novamente”, escreveu. Segundo a FUP, a ocorrência da greve não prejudicou o abastecimento da Petrobras — o que, segundo eles, era garantido pela instituição.
A categoria protestava contra demissões, contra a privatização de ativos da Petrobras e contra a política de preços dos combustíveis da estatal. Os trabalhadores também afirmavam que a companhia descumpria acordo coletivo de trabalho. Segundo a estatal, todos os compromissos assumidos na negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2019-2020 vêm sendo cumpridos por parte da empresa.
De acordo com ele, os grevistas conseguiram convencer a Petrobras de mudar regras de turnos de trabalho. “O motivo da greve foi resolvido, que era a tabela de turnos”, afirmou.