Greve geral: Alckmin tenta barrar greve de metroviários em SP
Movimento de centrais sindicais, sindicatos e movimentos sociais convoca um dia de greve geral contra as reformas da Previdência e trabalhista
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tenta na Justiça evitar que os metroviários façam uma paralisação programada para a quarta-feira (15). Após o Sindicato dos Metroviários de São Paulo sinalizar participação na greve geral de amanhã contra a reforma da Previdência, Alckmin anunciou que entrou na Justiça com um pedido de liminar para garantir o funcionamento do sistema Metrô em São Paulo.
O governador criticou a tentativa de paralisação dos metroviários e dos professores, que aderiram a um movimento nacional para fazer protesto contra a propostas de reforma da Previdência e trabalhista do governo do presidente Michel Temer (PMDB).
“Não tem razão paralisar um sistema de metrô que transporta 5 milhões de passageiros porque é contra e quer mudar a reforma da Previdência. Pode fazê-lo, mas não dessa forma”, disse o governador. “Entramos com pedido de liminar e seremos duríssimos no sentido de cumprimento da decisão judicial”, afirmou.
O governador avaliou que os metroviários não podem parar e prejudicar a vida de trabalhadores que precisam se deslocar aos seus locais de trabalho. Ele também dirigiu a crítica aos professores, falando que alunos não podem ficar sem aulas por causa das manifestações. “Em relação à reforma da Previdência, está em discussão, pode ser aperfeiçoada, rejeitado ou aprovada. O que não tem sentido é o aluno não estudar por causa disso, o trabalhador não poder usar o transporte coletivo”, comentou.
No Estado, os professores pedem também o reajuste salarial em 2017. Alckmin afirmou que a Secretaria da Educação vai estar em contato permanente com as entidades do magistério e as que representam os profissionais do setor administração da pasta.
O governador determinou que o secretário de Educação, José Renato Nalini, monte um grupo com professores para acompanhar o orçamento do Estado. A intenção é dar reajuste apenas quando a arrecadação aumentar. O governo do Estado espera melhora na arrecadação a partir do segundo semestre do ano, como já falou o secretário estadual da Fazeda, Helcio Tokeshi.
O secretário Nalini afirmou que o governo entende a reivindicação e se solidariza com os professores, mas disse que um reajuste vai ser dado apenas “quando a economia melhorar”. O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) afirma que os salários estão defasados em 20%, já que não há reajuste desde 2014. “Assim que nós pudermos, vamos premiar o funcionário compensando esse longo período em que não houve possibilidade de fazer reajuste, conforme eles merecem”, disse o secretário.
(Com Estadão Conteúdo)