A H&M, segunda maior varejista de moda do mundo, informou nesta quinta-feira, 5, que parou de comprar couro do Brasil temporariamente devido a preocupações ambientais ligadas a incêndios na floresta Amazônica. “Devido aos graves incêndios na parte brasileira da floresta Amazônica e às conexões com a produção de gado, decidimos suspender temporariamente o couro do Brasil”, afirmou a H&M, em comunicado.
A proibição permanecerá ativa até que existam sistemas de garantia críveis para verificar se o couro não contribui para danos ambientais na Amazônia, segundo o documento. Uma porta-voz da H&M disse que a maioria do couro do grupo é originária da Europa e que uma parte muito pequena é do Brasil.
Em 29 de agosto, a VF Corporation, multinacional têxtil americana, dona das marcas Kipling, Vans, Timberland e The Nort Face, anunciou a suspensão da compra de couro e curtumes do Brasil “até que haja segurança de que os materiais usados nos produtos não contribuam para o dano ambiental no país”.
Na ocasião, a VF informou que, desde 2017, busca aprimorar o abastecimento global dos produtos por meio de “estudos para garantir que os fornecedores de couro estejam de acordo com nossos requisitos de abastecimento responsável”. Segundo a companhia, pelo estudo, não foi possível “assegurar satisfatoriamente que nossos volumes mínimos de couro comprados de produtores brasileiros sigam esse compromisso”.
(Com Reuters)