Hopi Hari anuncia suspensão de atividades
A empresa diz que planeja reabrir as atrações após um tempo para 'respirar', mas não informou qual o prazo estimado para isso.
O parque temático Hopi Hari anunciou nesta sexta-feira a suspensão das suas atividades em meio a dificuldades na sua operação. O local não abriu hoje. A empresa diz que planeja reabrir as atrações após um tempo para “respirar”, mas não informou qual o prazo estimado para isso. O parque, localizado em Vinhedo (SP), tenta aprovar um plano de recuperação judicial e acumula cerca de 700 milhões de reais em dívidas.
A empresa teve seu pedido de recuperação judicial aprovado em agosto do ano passado, o que suspende a cobrança dos credores. Segundo a administração do parque, a indefinição no processo é um dos itens que impede a continuidade das atividades no momento. “A situação do Hopi Hari é bem conhecida por todos: dívidas, pouco público, atrações paradas, plano de recuperação judicial em aprovação e uma longa fila de problemas herdados de administrações anteriores”, informou o parque através de sua assessoria de imprensa.
O parque também atacou, em nota divulgada nesta sexta, o que considerou ser “onda de ataques raivosos e desproporcionais, pressagiando o fim do parque” por conta de matérias “infames” veiculadas pela imprensa. “O fechamento do parque não interessa ao público, nem a funcionários, bancos, credores e nem mesmo à região, que perde um grande atrativo turístico. A falência só pode interessar a alguns bárbaros que pretendem se apossar da área vá saber com que fins.”, diz trecho do comunicado.
Em dezembro do ano passado o então controlador, Luciano Correa, vendeu 75% das ações da controladora indireta do parque, a HH Participações, para o empresário do setor imobiliário José Luiz Abdalla. Correa deixou a presidência do Hopi Hari no último dia 5 de abril.
Inaugurado em 1999, o parque alcançou a marca de 1,8 milhão de visitantes em 2008, seu ano com melhor desempenho. Recentemente, porém, operava com várias de suas atrações fechadas por problemas de manutenção, atraindo uma quantidade de público reduzida.
As falhas nos brinquedos culminaram na morte da estudante Gabriella Nichimura, de 14 anos, em 2012. Ela morreu ao cair do brinquedo La Tour Eiffel devido a uma falha na trava de segurança da cadeira.