Huawei afirma ter sido alvo de ataques cibernéticos dos EUA
Segundo a empresa, sistemas internos de informação teriam sido vasculhados; governo americano já acusou a gigante de tenologia de espionagem
A gigante chinesa de equipamentos de telecomunicação Huawei acusou nesta terça-feira, 3, os Estados Unidos por supostos ataques cibernéticos. Segundo a empresa, o governo americano teria “lançando ciberataques para se infiltrar na sua rede e acessar seus sistemas internos de informação”.
No comunicado, a Huawei enumerou o que seriam ações dos Estados Unidos contra suas operações. Além de ciberataques, a companhia acusa o governo americano de “mandar os agentes do FBI para as casas dos funcionários da Huawei para pressioná-los a coletar informações da empresa”.
A Huawei, que está no centro da disputa comercial entre Estados Unidos e China, é acusada pelo governo americano de utilizar sua tecnologia para realizar espionagem em outros países para o governo chinês. A companhia nega.
“O fato é que nenhuma das tecnologias principais da Huawei foi alvo de qualquer ação criminal, e nenhuma das acusações feitas pelo governo dos Estados Unidos foi apoiada por evidências suficientes”, disse a empresa chinesa, em comunicado. “Condenamos fortemente o esforço maligno e coordenado do governo dos Estados Unidos para desacreditar a Huawei e restringir sua posição de liderança na indústria” de tecnologia, acrescentou.
A Huawei também negou alegações contidas numa matéria do The Wall Street Journal de que teria roubado patentes para câmeras de smartphones.
A disputa entre os dois países ganhou novo capítulo na segunda-feira, 2, com a China entrando na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os Estados Unidos. Na visão do governo chinês, as novas tarifas impostas por Donald Trump quebram o acordo firmado entre os dois países durante o G-20, em julho.
Fábricas no Brasil
Em agosto, o governador João Doria anunciou a instalação de uma fábrica da multinacional Huawei no estado de São Paulo. Será o terceiro parque fabril da gigante de tecnologia no Brasil e o primeiro voltado à produção de smartphones. O objetivo da empresa é abastecer o mercado nacional e do restante da América do Sul de aparelhos celulares. O investimento será de 800 milhões de dólares (3,15 bilhões de reais) até o fim de 2022 e estima que cerca de 1.000 empregos diretos sejam gerados. Ainda não há definição sobre a cidade que receberá o empreendimento.
(Com Estadão Conteúdo)