Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Ibovespa cai e dólar sobe de olho em PIB e exterior

Dados mais fortes do Produto Interno Bruto (PIB) fazem crescer apostas de alta da inflação e da taxa Selic

Por Juliana Machado 3 set 2024, 17h51
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Se, de um lado, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil significa uma ótima notícia do ponto de vista macroeconômico, com famílias consumindo mais e alegrando empresas de varejo e consumo, de outro lado participantes do mercado financeiro já esperam os efeitos disso para a inflação. Na gangorra das expectativas, os ativos brasileiros tiveram uma performance bastante tímida nesta terça-feira, com queda da bolsa de valores e alta do dólar contra o real.

    No fim do pregão, o Ibovespa, principal índice de ações da B3, caiu 0,41%, aos 134.353 pontos, enquanto o dólar comercial subiu 0,38%, aos 5,6393. O movimento no dia foi bastante pautado pelo exterior, onde as bolsas americanas também encerraram no vermelho: o Dow Jones caiu 1,51%, o S&P 500 cedeu 2,12% e o Nasdaq teve baixa de 3,25%. O Índice Dólar, que mede o retorno da moeda americana frente a uma cesta de divisas globais, sobe 0,11%.

    Pela manhã, o Ibovespa até tentou esboçar uma reação positiva após o PIB do segundo trimestre, mas passou o dia no zero a zero, perdendo força ao longo da sessão. No pano de fundo, estão as preocupações dos investidores com o nível de preços da economia à frente, considerando que uma atividade mais forte tem potencial efeito inflacionário. Com isso, economistas e agentes de mercado já começam a revisar para cima as suas projeções para a expansão do PIB no fim do ano, bem como endossar a tese de que o Banco Central eleve a taxa Selic já na próxima reunião, em setembro.

    Segundo Guilherme Jung, economista da Alta Vista Research, a composição do PIB veio positiva, com serviços e consumo firmes, enquanto a retomada da indústria foi uma “surpresa benigna”, mas com possíveis efeitos para a política monetária.

    Continua após a publicidade

    “Nota-se que a taxa atual de 10,50% ao ano se mostra pouco restritiva e, com as condições de inflação distantes da meta, expectativas desancoradas e lado fiscal deteriorado, a possibilidade de uma alta de 25 pontos-base na próxima reunião do Copom [Comitê de Política Monetária] nos parece mais plausível”, afirma Jung, em nota.

    O economista faz coro a uma série de leituras semelhantes colhidas por VEJA, que apontam para a necessidade de uma taxa Selic terminal mais elevada para lidar com a inflação — um cenário que joga especial importância sobre os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que será divulgado na semana que vem.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.