Ibovespa tem 11º melhor desempenho entre 40 bolsas globais em 2023
Bolsa brasileira subiu 22,3% no ano, no seu melhor desempenho desde 2019
Com alta de 22,3% no ano, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, teve a 11ª maior alta entre 40 das maiores bolsas do mundo em 2023. Os dados foram levantados por Einar Rivero, consultor da Elos Ayta Consultoria, a partir da plataforma Investing.com, e consideram as rentabilidades registradas até as 14h desta sexta-feira, 29. O último pregão da B3, a bolsa brasileira, que não abriu nesta sexta, foi na quinta-feira, 28.
A lista é liderada pela bolsa de Moscou, que encerra 2023 com uma alta próxima dos 44% após agonizar no primeiro ano dos ataques da Rússia à Ucrânia, em 2022. Na sequência, está a Nasdaq, a bolsa de Nova York que concentra as empresas de tecnologia e que subiu quase 43% em um ano em que a expectativa pelo fim dos aumentos de juros nos Estados Unidos e no resto do mundo, depois de uma das piores crises inflacionárias globais das últimas décadas, ajudou a levar otimismo de volta para os mercados acionários.
Com isso, a Nasdaq se encaminha para terminar 2023 com o seu melhor desempenho desde 2003, enquanto o S&P 500 (24%) e o Dow Jones (13,4%), os mais tradicionais índices acionários de Wall Street, também encerram o ano com forte recuperação embalada por uma sucessão de semanas em alta em novembro e dezembro. “Vinte índices da amostra têm rentabilidade superior a 20% em 2023 e sete ficaram com a rentabilidade negativa, sendo quatro deles da China, além do de Hong Kong e da Tailândia”, aponta Rivero.
Destoando do restante do mundo, o mercado acionário chinês sofreu em 2023 em meio à desaceleração paulatina da segunda maior economia do mundo e do complicador de seu mercado imobiliário, um dos principais motores do país, estar em crise profunda.
Após anos fracos na volta da pandemia, em 2021 e 2022, o Ibovespa, que reúne as maiores empresas da bolsa brasileira, teve, em 2023, seu melhor desempenho desde 2019. “Depois de dois anos andando de lado, algumas coisas melhoraram em 2023”, diz o líder de renda variável da Manchester Investimentos, Marco Noernberg. “Houve maior clareza dos mercados com relação a como seria conduzida a política econômica do novo governo, além da perspectiva de juros mais baixos ao longo desse ano e de uma situação geral lá fora que também começou a pesar menos.”
Veja a lista completa a seguir:
Rússia (MOEX): 43,87%
EUA (Nasdaq): 42,90%
Hungria (Budapest SE): 37,66%
Turquia (BIST 100): 35,60%
Polônia (WIG20): 30,75%
Japão (Nikkei 225): 28,24%
Itália (FTSE MIB): 27,90%
Taiwan (Taiwan Weighted): 26,69%
EUA (S&P 500): 23,90%
Espanha (IBEX 35): 22,70%
Brasil (Ibovespa): 22,28%
Índia (Nifty 50): 20,03%
Alemanha (DAX): 20,00%
Euro (Euro Stoxx 50): 19,05%
Índia (BSE Sensex): 18,74%
Coreia (KOSPI): 18,73%
México (S&P/BMV IPC): 18,56%
Suécia (OMXS30): 17,36%
França (CAC 40): 16,37%
EUA (Russell 2000): 15,11%
Holanda (AEX): 14,09%
Arábia Saudita (Tadawul All Share): 13,87%
EUA (Dow Jones): 13,41%
Vietnã (VN 30): 12,56%
Rússia (RTSI): 11,63%
Portugal (PSI): 11,58%
Áustria (ATX): 9,87%
Austrália (S&P/ASX 200): 7,84%
Canadá (S&P/TSX): 7,65%
Indonésia (IDX Composite): 6,16%
Inglaterra (FTSE 100): 3,78%
Suíça (SMI): 3,75%
Israel (TA 35): 3,16%
Bélgica (BEL 20): 0,17%
China (Shanghai): -3,70%
China (DJ Shanghai): -6,74%
China (China A50): -11,54%
China (SZSE Component): -13,54%
Hong Kong (Hang Seng): -13,94%
Tailândia (SET): -15,15%