Inflação tem alta de 0,16% em setembro, puxada por gasolina
Pelo quinto mês consecutivo o grupo dos alimentos apresentou queda (-0,41%)
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro registrou alta de 0,16%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No mês anterior, a inflação subiu 0,19%. No ano, o índice acumulou alta de 1,78%, bem abaixo dos 5,51% de igual período do ano passado. Foi a menor alta acumulada para o período desde 1998 (1,42%).
Em setembro, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete apresentaram variação positiva. Entre eles, destacam-se o grupo transportes com 0,79% de variação e despesas pessoais, com alta de 0,56%. O litro da gasolina ficou em média 2,22% mais caro em setembro na comparação com agosto. A Petrobras mudou sua política de preços, anunciando reajustes com maior frequência. A alimentação fora também teve alta de 0,18%.
Pelo quinto mês consecutivo o grupo dos alimentos apresentou queda (-0,41%), variação menos intensa que a registrada em agosto (-1,07%). Os alimentos para consumo em casa passaram de -1,84%, em agosto, para -0,74%, em setembro, de acordo com o IBGE, a variação sofreu influência de itens importantes no consumo das famílias como as carnes (que passaram de -1,75%, em agosto, para 1,25%, em setembro) e as frutas (de -2,57%, em agosto, para 1,74%, em setembro).
Por outro lado, outros alimentos sofreram queda mais intensa: o tomate (-11,01%), o alho (-10,42%), o feijão-carioca(-9,43%), a batata-inglesa (-8,06%) e o leite longa vida (-3,00%).
No grupo habitação (-0,12%), a queda ficou na conta da energia elétrica, em média 2,48% mais barata, em razão, principalmente, da entrada em vigor da bandeira tarifária amarela a partir de 1º de setembro, representando uma cobrança adicional de 0,02 centavos a cada quilowatt consumido. Em agosto, a bandeira tarifária vigente era a vermelha, incidindo um adicional de 0,03 centavos a cada quilowatt consumido.
Ainda no grupo habitação, cabe destacar as variações no gás de botijão (4,81%) e na taxa de água e esgoto (0,28%). No primeiro, há o reflexo do reajuste de 12,20%, em média, no preço do gás de cozinha vendido em botijões de 13kg, em vigor desde seis de setembro.