Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Inflação: por que o mercado financeiro continua a projetar alta no IPCA

Com a nova revisão no Boletim Focus, já são 15 semanas de alta da inflação, chegando a 3,45%; tombo do PIB deve ficar na casa de 4,55%

Por Larissa Quintino Atualizado em 26 nov 2020, 03h52 - Publicado em 23 nov 2020, 09h35
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A pressão no preço dos alimentos, que preocupa diariamente o brasileiro na hora de ir às compras, continua a se refletir na inflação. Segundo o Boletim Focus divulgado nesta quinta-feira, 23, a expectativa é de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), encerre o ano em 3,45%, acima dos 3,25% da projeção da semana anterior. Esta é a 15ª semana seguida em que a projeção dos analistas do mercado financeiro, consultados pelo Banco Central, é revisada para cima.

    A projeção segue abaixo da meta definida pelo governo, de 4% neste ano, e dentro da margem de tolerância, que varia entre 2,50% e 5,50%. Porém, as altas consecutivas desde agosto, mostram que há uma pressão inflacionária, com contornos da crise causada pelo novo coronavírus. O pagamento do auxílio emergencial, que injetou dinheiro na economia, o dólar alto e o aumento da demanda interna e externa por alimentos, pressionam o indicador. Com a retomada dos serviços, é possível que haja uma aceleração a mais no índice. Em outubro, o IPCA acelerou 0,86%. Na ocasião, além dos alimentos, o que pesou no indicador foi o preço das passagens aéreas, com o reaquecimento, ainda que tímido, dos voos domésticos. Na terça-feira, 24, o IBGE divulga a prévia da inflação em novembro. Na avaliação da área econômica do governo, a alta é momentânea.

    Para 2021, o mercado também ajustou a projeção do IPCA para cima: de 3,22% para 3,40%. O comprometimento com o ajuste fiscal, já tão necessário antes da crise do novo coronavírus, se mostra ainda mais imprescindível a longo prazo. Com a aceleração da inflação, economistas projetam alta na taxa básica de juros, a Selic, para o ano que vem. O mercado projeta a taxa de juros em 3%, acima dos 2,75% previstos na semana passada e dos 2% — taxa mínima histórica atual. Para este ano, entretanto, economistas não enxergam que o Comitê de Política Monetária (Copom) altere o rumo da taxa de juros. 

    Continua após a publicidade

    Além da alta projetada para a inflação, analistas do mercado continuam a estimar melhora no desenvolvimento da economia. Segundo os analistas consultados pelo Banco Central, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve fechar o ano em -4,55%, previsão melhor que na semana anterior, de -4,66%. A projeção está em linha com a estimativa do governo, que na semana passada revisou a queda do PIB de 4,70% para 4,50%.

    As projeções do PIB para este ano, que iniciaram com uma previsão de crescimento na casa dos 2,30% se deterioraram rapidamente, chegando a -6,54% em meados de 2020. Com a reabertura das atividades, as estimativas passaram a melhor. Os dados do Focus não indicam uma recuperação em “V”, jargão econômico para mostrar uma volta rápida ao mesmo patamar anterior. Alguns setores, entretanto, mostram retomada mais rápida, como o comércio. A expectativa do mercado para projetar o crescimento da economia para os próximos anos é a retomada da agenda reformista. A previsão do PIB para 2021 é de 3,40% e para 2022 de 2,5%.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.