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Itaú: crise política adiou retomada do crédito no país

Itaú Unibanco contabilizou um lucro líquido de R$ 6,169 bilhões no segundo trimestre, resultado 10,65% acima do verificado em igual período de 2016

Por Da redação
1 ago 2017, 13h28

O presidente do Itaú Unibanco afirmou hoje que a piora da instabilidade política em meio às delações da JBS e ainda o adiamento da aprovação das reformas em andamento no segundo trimestre adiaram a retomada do crédito no país. “A demanda por crédito e serviços foi afetada, mas não tão seriamente como poderíamos prever”, acrescentou.

O banco espera que sua carteira de crédito encerre o ano no piso divulgado, de estabilidade até alta de 4% no conceito consolidado. No conceito Brasil, os empréstimos podem encolher até 2% ou, na melhor das hipóteses, crescer até 2%.

“Esperamos que a carteira de crédito se estabilize no segundo semestre e estamos preparados para voltar a crescer em crédito quando tivermos uma melhor demanda”, reforçou o presidente do Itaú.

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De acordo com Bracher, a boa percepção em relação à manutenção da equipe econômica atual tem minimizado os impactos do aumento da recente turbulência política.

A economia brasileira deve apresentar crescimento gradual até as eleições de 2018, na opinião de Candido Bracher. “Passadas as eleições, o crescimento da economia vai depender de como o mercado vai avaliar o novo presidente”, disse.

Itaú Unibanco contabilizou um lucro líquido recorrente de R$ 6,169 bilhões no segundo trimestre, resultado 10,65% superior ao registrado no mesmo intervalo do ano passado de R$ 5,575 bilhões.

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Na comparação com os três meses imediatamente anteriores, de R$ 6,176 bilhões, ficou praticamente estável, com leve queda de 0,11%. Trata-se do primeiro trimestre de resultados na gestão de Candido Bracher, que assumiu o comando do Itaú Unibanco em maio último no lugar de Roberto Setubal, que subiu para o conselho da instituição.

Custo de capital

Candido Bracher não vê o custo de capital reduzindo de forma significativa no Brasil ainda que pese a queda dos juros básicos, a Selic. “Esperamos queda marginal no custo do crédito nos próximos trimestres”, destacou.

Bracher acrescentou que o Itaú Unibanco está preparado para crescer em ativos em se a demanda melhorar. Segundo ele, a queda dos juros pode no futuro ser compensada pelo crescimento do crédito.

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Na pessoa jurídica, conforme o executivo, a reação virá, primeiramente, da linha de capital de giro. Ele vê ainda oportunidades de crescimento junto às pequenas e médias empresas por conta do histórico do banco junto a este público.

Do lado dos calotes, ele ressaltou que a tendência para a pessoa física é de estabilidade à queda.

Rotativo

O impacto da mudança no crédito rotativo ocorreu com mais intensidade no segundo trimestre, de acordo com o presidente do Itaú Unibanco. “A expectativa é de estabilização daqui para frente”, afirmou Bracher na teleconferência desta terça.

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Desde abril último, o crédito rotativo foi limitado em no máximo 30 dias de uso. A mudança cortou em mais da metade os juros cobrados na modalidade, refletindo, de imediato, nas margens das instituições financeiras com o produto.

Integração

Pouco mais de um ano depois da fusão entre o Itaú Unibanco e o chileno CorpBanca, o banco brasileiro ainda trabalha na integração, disse há pouco o presidente da instituição financeiraCandido Bracher. “Ainda há muito trabalho a ser feito na integração do CorpBanca”, destacou o executivo, em teleconferência com analistas e investidores estrangeiros, na manhã desta terça-feira, dia 1º.

Bracher disse que, a despeito do excesso de capital do banco, o Itaú não está contemplando nenhuma aquisição neste momento. Por outro lado, Bracher afirmou que se surgir alguma oportunidade que proporcione ganho de market share na região da América Latina, será analisada. Recentemente, o Itaú desistiu de comprar o banco argentino Patagônia, controlado pelo Banco do Brasil, deixando apenas o Macro e o BBVA na disputa.

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No Brasil, o Itaú ainda aguarda aval dos órgãos reguladores para o varejo do Citi e ainda para a aquisição de 50% da corretora XP Investimentos.

(Com Estadão Conteúdo)

 

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