Jatos e iates de bilionários russos circulam livremente apesar de sanções
Embarcações e aeronaves não são atingidas pelas sanções de Estados Unidos e Reino Unido e são o 'jeitinho' de superricos burlarem punições de trânsito
Apesar de a comunidade internacional, encabeçada pelos Estados Unidos, elaborar inúmeras restrições para o trânsito de aviões e navios, os jatos e iates privados ficaram de fora das proibições. Os bilionários russos têm parcela expressiva dos aviões e embarcações privados do mundo — veículos que continuam vagando livremente e foram, inclusive, utilizados pelos ultrarricos para ir ou deixar o país em meio à invasão da Ucrânia por parte do presidente russo, Vladimir Putin. Nesta semana, Putin convocou empresários para uma reunião.
Os Estados Unidos e a Inglaterra redigiram uma longa lista, de mais de cem russos que seriam atingidos por sanções e bloqueios de patrimônio. O bilionário russo Roman Abramovich, por exemplo, dono do clube inglês Chelsea, não foi atingido pelas sanções divulgadas pelos governos. O primeiro-ministro Boris Johnson, da Inglaterra, havia anunciado erroneamente que Abramovich estava na lista de atingidos pelas limitações e bloqueios.
Aeronaves controladas por Abramovich, assim como Dmitry Mazepin e Alexey Mordashov, aterrissaram em Moscou na quinta-feira, de acordo com o site de dados de voos ADS-B Exchange, compilados pela agência Bloomberg. O Boeing 787-8 Dreamliner de Abramovich decolou de um aeroporto perto de Mônaco, enquanto o Gulfstream G650 de Mazepin voou da área de Nova York. O Bombardier Global 6000 de Mordashov viajou da região de Seychelles, no oeste do Oceano Índico, de acordo com os dados, que não incluem detalhes dos passageiros nos voos. Na ocasião, Putin convidou oligarcas russos para uma reunião no Kremlin, onde argumentou que os efeitos das sanções do ocidente serão limitados.