A Justiça de São Paulo concedeu uma medida de urgência contra o Corinthians por um impasse envolvendo duas casas de apostas: a Pixbet, antiga patrocinadora, e a nova, a Vai de Bet. A medida inclui o bloqueio das contas bancárias do clube, mas também estipula que a Vai de Bet deposite judicialmente os valores correspondentes ao novo contrato de patrocínio até a quitação total da dívida, mais as custas processuais e honorários dos advogados, caso o Corinthians não tenha saldo suficiente.
O contrato do clube com a Pixbet foi fechado em dezembro de 2022, na gestão de Duílio Monteiro Alves como presidente. Como luvas, a Pixbet acertou o pagamento de 30 milhões de reais ao clube, em duas parcelas iguais, uma transferida no ato da assinatura e outra em janeiro de 2023. Inicialmente, o patrocínio seria válido por três anos, até o fim de 2025. Ao romper o acordo, a atual diretoria do clube infringiu os direitos de preferência e exclusividade da Pixbet, ao optar por se associar à Vai de Bet sem cumprir a obrigação contratual de pagamento da multa e devolução das luvas.
A Pixbet cobra 40 milhões de reais do Corinthians, que negocia para realizar o pagamento em doze vezes. Diante dos argumentos expostos pela antiga patrocinadora, os quais incluem a violação dos direitos contratuais e o considerável risco de inadimplência devido às dívidas vultosas do clube, a Justiça autorizou o bloqueio das contas. Cabe recurso.