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Latam divulga taxas que serão cobradas por bagagem despachada

Companhia diz que pretende manter serviço para voos domésticos gratuitos pelos "próximos meses"; novas regras da Anac entram em vigor no próximo dia 14

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h09 - Publicado em 6 mar 2017, 17h48

A companhia aérea Latam divulgou nesta segunda-feira que cobrará 50 reais pelo primeiro volume de bagagem despachada nos vôos domésticos. Segundo a empresa, as cobranças não ocorrerão de imediato, pois haverá gratuidade durante os “próximos meses”. O anúncio ocorre uma semana antes de entrarem em vigor as novas regras da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que, dentre outras mudanças, desobrigaram as companhias aéreas a fornecer o serviço gratuitamente.

No caso das viagens internacionais, os passageiros poderão despachar uma mala de até 23 quilos gratuitamente se o destino for a América do Sul, e duas malas desse mesmo peso, para outros locais. No caso da América do Sul, a segunda bagagem de 26 quilos passa a custar 90 dólares (280,88 reais). Essa cobrança passa a valer a partir da próxima terça-feira.

Segundo a companhia, ainda será definido o valor pelo segundo volume de bagagem despachada nos vôos domésticos.

Novas regras

As novas regras da Anac, que entrarão em vigor no dia 14 deste mês, acabam com o transporte gratuito de malas com até 23 quilos em voos domésticos ou de duas malas com até 32 quilos em voos internacionais. A tarifa do serviço será estabelecida pelas empresas.

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Sobre a bagagem de mão, que tinha limitação de gratuidade em malas com até cinco quilos, o limite do transporte gratuito foi aumentado para malas com pelo menos 10 quilos. O tíquete das aéreas terá de especificar claramente quais os valores que serão cobrados dos usuários.

Na última semana, o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, disse que o fim da franquia de bagagens poderá ser revisto se não resultar em redução dos preços das passagens. Segundo Quintella, o objetivo do governo, ao adotar a medida, foi criar um mercado de serviço aéreo de baixo custo, o chamado “low cost”, no Brasil.

Avianca

Na última sexta-feira, a Avianca anunciou que, por hora, não planeja cobrar por bagagem despachada. Segundo o presidente da Avianca Brasil, Frederico Pedreira, a ideia da empresa é criar faixas de preços para categorias diferentes de serviço. “Os passageiros sem bagagem (despachada) não têm que pagar pelos que levam. Claramente, teremos uma classe tarifária mais barata para esse cliente”, diz Pedreira.

Quanto à comparação com os atuais preços dos bilhetes aéreos, Pedreira diz que a categoria que não despacha malas terá tarifas mais atrativas. Segundo o executivo, o fato de os passageiros optarem por não despacharem malas implica menos peso nas aeronaves e, consequentemente, custos mais baixos, uma vez que o consumo de combustível será menor.

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“Menos custo vai permitir fazer tarifas mais atrativas. Nosso objetivo é fazer com que o setor aéreo retome como um todo”, afirma. Pedreira ainda avalia que os estudos da Avianca Brasil a respeito dos grupos tarifários deverá levar, ao menos, três meses.

Gol

A Gol informou em fevereiro que vai oferecer passagem mais barata para clientes que não despacharem bagagens. A tabela diferenciada de preços será oferecida a partir de 14 de março, A companhia vai oferecer a opção de adquirir uma “franquia, que será calculada por unidade, seguindo as dimensões e peso estipulados” das bagagens.

O valor, que ainda será definido, vai variar de acordo com a quantidade de malas. “A primeira será mais barata que a segunda, que será mais barata do que a terceira”, informou a companhia.

(Com Estadão Conteúdo)

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