As redes varejistas estão ampliando o horário de atendimento das lojas de rua para a Black Friday deste ano. Esse é o caso da Americanas, que terá unidades funcionando ininterruptamente da meia-noite de quinta-feira até a zero hora de sábado (veja lista abaixo).
Segundo a rede, o objetivo é absorver o aumento do fluxo de clientes durante a Black Friday. No ano passado, houve confusão em Juiz Fora (MG) devido à grande quantidade de consumidores dentro da loja ao mesmo tempo. Prateleiras foram derrubadas e produtos ficaram espalhados pelo chão.
Todas as lojas da Casas Bahia e Pontofrio começaram as atividades mais tarde nesta quinta-feira, às 11h. Elas ficarão abertas até o último cliente hoje e vão iniciar o atendimento na sexta-feira às 6h.
A Black Friday, promoção do varejo inspirada em tradição americana, ganha cada vez mais adeptos no Brasil. Pesquisa realizada pela Ebit|Nielsen mostra que 88% dos consumidores pretendem fazer compras na liquidação do fim de novembro. É o porcentual mais alto desde que a pesquisa é feita e representa um acréscimo de 8 pontos porcentuais em relação a 2017.
Para Pedro Guasti, diretor de relações institucionais da Ebit|Nielsen, um sinal de adesão do brasileiro à liquidação é a redução da desconfiança e o aumento na disposição de gastar. Quando a Black Friday começou no Brasil, em 2012, muitas lojas fizeram falsas promoções, fazendo com que a data recebesse o apelido de Black Fraude. A prática irregular rendeu até um meme famoso: ‘compre tudo pela metade do dobro’.
Guasti afirma que essas irregularidades ficaram para trás. Entre os consumidores que disseram que não pretendem comprar na Black Friday, 35% responderam que o motivo era falta de confiança na promoção. No ano passado, esse porcentual era de 38%.