Lucro da Petrobras tem queda de 42% no primeiro trimestre de 2019
Segundo a companhia, principal motivo foi nova norma contábil, mas desempenho também foi impactado pela redução do preço do petróleo e queda nas vendas
A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 4,03 bilhões no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 42% ante o mesmo período do ano passado, principalmente em decorrência do impacto da utilização de nova norma internacional contábil de arrendamentos mercantis (IFRS 16), segundo nota divulgada pela companhia.
Na comparação com o quarto trimestre, o lucro líquido cresceu 92%, com redução de R$ 1,1 bilhão nas despesas com imposto de renda e contribuição social, em razão da baixa de créditos de prejuízos fiscais registrados no período anterior, além de maior resultado no setor petroquímico (R$ 400 milhões).
O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado somou R$ 27,49 bilhões entre janeiro e março deste ano, alta de 7% ante o mesmo período de 2018 e queda de 6% em relação aos últimos três meses do ano passado.
Desconsiderando-se efeitos dos itens especiais e do IFRS 16, norma adotada pelas empresas abertas como a Petrobras a partir deste ano, que trouxe impactos para os resultados, o lucro líquido da companhia seria de R$ 5,1 bilhões e o Ebitda ajustado de R$ 25,2 bilhões.
A queda do Ebitda na comparação com o trimestre anterior, segundo a Petrobras, ocorreu como reflexo de menores margens de petróleo, menor produção no período e pelos menores volumes de vendas.
A receita de vendas da empresa no período somou R$ 80 bilhões, queda de 14% em relação ao último trimestre de 2018, devido principalmente à redução das cotações internacionais do petróleo, menor volume de vendas de derivados no mercado interno e queda da receita com exportações.
A Petrobras ressaltou que os preços internacionais do petróleo ficaram 7% menores no primeiro trimestre contra o verificado no quarto trimestre de 2018.
Já o volume total de vendas caiu 4% entre janeiro e março na comparação com os três últimos meses de 2018, para 3,06 milhões de barris por dia. No caso da gasolina, houve recuo de 5%, enquanto no diesel houve uma queda de 8% em relação ao quarto trimestre.
(Com Reuters)